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Professores cada vez mais velhos
12 de agosto de 2014Os professores da rede pública de ensino de Pernambuco estão envelhecendo. Quarenta e seis por cento deles têm mais de duas décadas de carreira. É o que revela a pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, realizada a pedido do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). Com a aproximação da aposentadoria desses profissionais – 25 anos de serviço para as mulheres e 30 para os homens – a renovação do quadro docente é urgente, sobretudo porque o estudo mostra também que 82% da categoria é do sexo feminino.
"São dois problemas que têm que ser resolvidos para mudar essa realidade. Um é atrair mais jovens para o magistério. O interesse pela carreira docente é cada vez menor, o que muito nos preocupa. Os baixos salários e as precárias condições de trabalho interferem negativamente para que não haja essa escolha", afirma o presidente do Sintepe, Heleno Araújo. O segundo problema apontado por ele é a necessidade de abertura de concurso público.
"O Estado fez o último concurso em 2008. Mas tem um número alto de contratos temporários, o que indica a urgência de convocar novo concurso", diz Heleno. A rede estadual conta atualmente com cerca de 28 mil docentes ativos, segundo a Secretaria de Educação de Pernambuco. Aposentados, conforme o Sintepe, são cerca de 18 mil mestres. É o mesmo número, 18 mil, de professores com contratos temporários.
Promotora de Educação do Ministério Público Estadual, Eleonora Rodrigues também vê com preocupação a não renovação do quadro docente na rede pública de ensino. "São muitos professores se aposentando, o que é direito deles. Não vejo nenhum movimento do governo estadual em realizar concurso a curto, médio ou longo prazo para repor o quadro. Virou uma marca da atual gestão a contratação temporária, em detrimento do concurso público", destaca.
Ela aguarda o julgamento de uma ação pela 1ª Vara da Fazenda Pública, movida por sua promotoria, obrigando o Estado a realizar concurso para professor. Segundo a Secretaria de Educação, a atual gestão nomeou 8.462 docentes, técnicos e pessoal administrativo para atuar na educação. O secretário Ricardo Dantas não quis comentar a pesquisa, alegando não ter tido acesso aos dados.
Alcione Pereira de Araújo, 60 anos, é professora de português há 39 anos. São 33 anos lecionando na rede estadual. Aposentou-se em 2005. Mas o fato de não querer parar de trabalhar e o baixo salário motivaram-na a prestar um novo concurso. "Adoro dar aula, me realizo ensinando. Não queria ficar em casa sem fazer nada", conta Alcione. "Ganhava cerca de R$ 2.500. Resolvi fazer um novo concurso para não parar de trabalhar e aumentar a renda", relata a professora, que hoje ganha R$ 4.500 e ensina na Escola Estadual Nilo Coelho, localizada em Areias. "A maioria dos colegas mais jovens que chegam na rede não pensam em seguir carreira na escola pública. Ficam até conseguir emprego melhor", afirma.
Fonte: Jornal do Commercio
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