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Primeiro aceno é para PE

6 de outubro de 2014

Depois da surpreendente reação que o levou ao segundo turno, superando o favoritismo de Marina Silva (PSB), o presidenciável Aécio Neves e o PSDB decidiram não perder tempo e iniciaram ainda ontem a articulação para o segundo turno. A coordenação da campanha tucana reúne-se, hoje, em São Paulo, quando será definida uma agenda nacional com prioridades e Pernambuco estará nessa relação, devendo ter o Recife como local para o ato de início da campanha. Ainda ontem à noite, a equipe de coordenação de Aécio no Estado informava que o presidenciável havia ligado de imediato para Paulo Câmara (PSB), com a confirmação da sua eleição, abrindo diálogo sobre a aliança.

O coordenador estadual Elias Gomes, prefeito de Jaboatão, revelou que à tarde já tinha conversado com o governador João Lyra e o senador eleito Fernando Bezerra Coelho, visando a unidade PSDB-PSB. "A iniciativa da conversa com Paulo Câmara é do Aécio, mas não vamos perder tempo para o segundo turno", disse Elias após encontro com a juventude tucana. A coordenação estadual da campanha já reúne-se, às 11h de hoje, na sede do PSDB, definindo as primeiras medidas no Estado.

No final da noite de ontem, o governador João Lyra divulgou nota em que defende a declaração de apoio imediato a Aécio. Lyra diz que "a surpreendente ascensão de Aécio" nos últimos dias "reflete o seu excelente desempenho nos debates" e seria credencial para representar as forças de oposição no segundo turno. "Vou defender esta tese junto aos companheiros do diretório regional do PSB, e como integrante do nacional vou indicar o nome de Aécio Neves para apreciação da executiva nacional", diz a nota de Lyra.

O governador ressalta que o tucano tem "trajetória de compromisso com a redemocratização do País", processo no qual seu avô Tancredo Neves teve papel decisivo e contou com participação do seu irmão, Fernando Lyra. "É fundamental lutarmos para o País voltar a crescer e indispensável uma reforma política. Creio que Aécio conquistou a condição de liderar esse momento", cita.

Descartado da disputa pelo PSB, o governador João Lyra, que durante o início da campanha de Paulo Câmara sofria a desconfiança de pouco empenho, afirma na nota de apoio a Aécio que "o Brasil enfrenta um momento muito delicado em sua economia e, também, um esgarçamento no seu tecido político". E conclui anunciando a adesão: "É fundamental lutarmos para o País voltar a crescer e indispensável uma reforma política. Creio que Aécio Neves conquistou a condição de liderar esse momento da política nacional".

Outro integrante da coordenação, o vereador André Régis adiantou que o PSDB nacional terá muito cuidado para tratar a conversa com Marina Silva (PSB), na expectativa de contar com o apoio da presidenciável a Aécio. "Há necessidade de se dar um tempo a Marina. Há cautela de forma a não prejudicar a campanha. Achamos que em 2010 a neutralidade (de Marina no segundo turno) era compreensível. Agora, não. O PSDB está há 12 anos longe do poder. Não tem como acusar a disputa permanente com o PT. Seria entendida agora como omissão", destacou Régis.

Ainda ontem à noite, na entrevista coletiva sobre o primeiro turno, Aécio sinalizou que já articula fortemente o apoio do PSB para o segundo turno. O tucano abriu o pronunciamento agradecendo os votos dos brasileiros e os apoio dos aliados para o crescimento e virada sobre Marina que o levou à nova disputa com Dilma Rousseff (PT), para em seguida – com vistas a nova etapa – fazer uma homenagem ao ex-governador e presidenciável falecido Eduardo Campos. "Deixo uma homenagem aqui, para associar neste momento um amigo que se foi, abatido por uma tragédia, a queda do avião. Agora é hora de unirmos as forças. Não é mais hora de briga de partidos (PSDB contra PSB)", sinalizou a tarefa tucana mais imediata.

Fonte: Jornal do Commercio

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