Notícias da Fenafisco
Presidente do TST elogia medidas e enxerga avanços
9 de maio de 2006
BRASÍLIA – O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ronaldo Lopes Leal, elogiou as medidas na área trabalhista anunciadas ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as propostas a serem encaminhadas ao Congresso estão o reconhecimento das centrais sindicais como órgãos de representação dos trabalhadores, a criação do Conselho Nacional de Relações de Trabalho (CNRT) e a regulamentação das cooperativas de trabalho.
Segundo o presidente do TST, as medidas vão solucionar antigos problemas verificados na relação capital versus trabalho. É o caso da legalização das centrais sindicais, que vêm atuando de maneira informal há décadas. “A legalização é muito importante porque as centrais representam, na prática, o pluralismo sindical. Agora será possível fechar acordos coletivos nacionais porque saberemos, de fato, em que áreas os sindicatos são mais representativos”, afirmou Leal.
Pela proposta, as centrais passam a ser reconhecidas legalmente como representantes dos trabalhadores, ganhando respaldo jurídico para representar e negociar legalmente as questões gerais de interesse da classe trabalhadora.
Serão estabelecidos critérios objetivos para identificar as entidades que possuem um mínimo de representatividade e que estejam habilitadas para participar das negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais instâncias de discussão.
A regulamentação das cooperativas de trabalho, na opinião do presidente do TST, vai evitar prejuízos aos trabalhadores. Há tempos a Justiça do Trabalho vem julgando casos de cooperativas fraudulentas, instituídas para encobrir relações de emprego e sonegar direitos trabalhistas. Com a medida, segundo ele, será possível reconhecer, conceituar e estimular as cooperativas de trabalho formais.
O projeto de lei estabelece critérios para funcionamento, participação máxima de associados e redução da exigência de número mínimo de cooperativados, permitindo que pequenos grupos se beneficiem dos programas públicos de fomento.
Fonte: Jornal do Commercio
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