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Preço do álcool pode baixar no Estado, se cair no Sudeste

9 de fevereiro de 2006

O governo federal negocia hoje com os usineiros do Centro-Sul a queda do preço do álcool. Se a diminuição de preço se confirmar, os valores cobrados pelo produto em Pernambuco também podem cair. “O preço vai ter que cair aqui. Se isso não acontecer, os postos vão fazer zoada com os distribuidores e eles com os usineiros”, garante o presidente do Sindicombustíveis, Joseval Alves.

O presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, também acredita em uma queda de preço localmente. “Mas acho que isso só deve acontecer quando começar a entressafra do Centro-Sul, em março ou abril”, completa.

Em uma pesquisa feita pela reportagem do JC, ontem, o preço do litro do álcool nos postos do Recife (Zona Norte e Centro) variava entre R$ 1,49 e R$ 1,79. Os valores mais em conta foram encontrados em um posto de bandeira branca, no posto Ipiranga e no “S” da Avenida Norte.

Em contrapartida, o litro do combustível chegava a R$ 1,79 nos postos BR e Shell da Avenida Rui Barbosa e no posto Esso da Avenida Rosa e Silva. “O preço do produto só não é mais baixo porque os distribuidores não compram de uma maneira organizada. Se eles comprassem mais álcool durante a safra do setor sucroalcooleiro no Estado, quando o valor está mais baixo, e fizessem estoque, poderiam aplicar um preço mais em conta”, explica Cunha.

Joseval Alves diz que o próprio mercado não impõe a necessidade de as distribuidoras e dos postos fazerem estoques. “Essa é a justificativa dos usineiros para o aumento do preço. Essa explicação não é convincente. Na hora que os usineiros baixarem o preço, a gente baixa também. O que não podemos é absorver o prejuízo”, afirma.

Segundo Joseval, o preço do álcool já subiu entre R$ 0,8 e R$ 0,16 somente este ano, em Pernambuco. “O preço vai ter que cair no Centro-Sul. O governo federal ameaçou baixar de 25% para 20% a quantidade de álcool no litro da gasolina. Se isso acontecer, os produtores vão ter grandes perdas”, prevê Alves.

As usinas de Pernambuco devem produzir 315 mil metros cúbicos de álcool nesta safra 2005/2006. Na safra passada, a produção foi de 415 mil metros cúbicos. “A queda foi causada pela seca que atingiu Pernambuco, nos primeiros meses de 2005”, justifica Cunha.

Fonte: Jornal do Commercio

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