Notícias da Fenafisco

Poupança amarga fuga histórica
6 de março de 2015Com menos sobras por mês e o atual ciclo de alta dos juros básicos e do dólar tornando outros investimentos mais atrativos, a caderneta de poupança teve o pior desempenho mensal da história em fevereiro. Mais do que isso, os resgates de R$ 6,264 bilhões, maiores do que os depósitos no mês passado, somam quase a cifra negativa de um ano todo.
Em 1999, por exemplo, o volume de retiradas líquidas no acumulado do ano foi de R$ 8,769 bilhões. Em 2000, o resultado ficou negativo em R$ 7,541 bilhões.
De acordo com dados do Banco Central divulgados ontem, o saldo de fevereiro estava bem pior. Até o dia 26, os saques somavam R$ 10,5 bilhões. O valor registrado até o penúltimo dia útil do mês era maior, inclusive, do que o ano inteiro de 2003, primeiro ano do governo do PT, quando os resgates líquidos da poupança somaram R$ 10,425 bilhões. Foi o maior volume de retiradas em um ano dos últimos 20 anos.
Apesar disso, os economistas avaliam que essa redução não trará impactos significativos na economia como um todo. "A menor poupança reduz a disponibilidade de recursos para a casa própria, mas os bancos estão hoje muito avessos a empréstimos, por conta do menor crescimento da economia. Por isso, de qualquer forma, não haveria recursos para casa própria mesmo. O impacto não será importante na economia", diz o economista Alexandre Rands. Para Aloísio Campos, economista do Ibre da Fundação Getúlio Vargas, a redução do crédito imobiliário também acontece pelo lado da demanda. "A economia mais fraca diminui a confiança do consumidor, que tem menos interesse em se endividar", salienta.
Os dois economistas dizem que uma diminuição no nível da caderneta de poupança não afeta a economia como um todo porque boa parte dos recursos que estão sendo sacados da caderneta estão indo para aplicações que hoje estão mais rentáveis, não afetando, portanto, o nível geral de poupança do País. No caso das famílias mais pobres, os saques da poupança poderia estar indo para saldar dívidas.
Só no último dia de fevereiro entraram aplicações no valor de R$ 4,229 bilhões. O movimento de concentração no fechamento dos meses é comum por conta de economias dos salários dos poupadores que muitas vezes vão de forma automática para a aplicação.
Com o resultado de fevereiro, o saldo total da poupança ficou em R$ 658,191 bilhões, já incluindo os rendimentos do período, no valor de R$ 3,678 bilhões. O Banco Central começou a compilar os dados atuais em 1995. Até o dado conhecido ontem, o maior resgate líquido mensal da poupança havia sido em março de 2006, de R$ 3,8 bilhões, superado posteriormente pelo resultado de janeiro.
No primeiro mês de 2015, as retiradas já foram superiores às aplicações em R$ 5,529 bilhões. Foi a primeira vez que isso ocorreu após nove meses consecutivos de depósitos superiores aos resgates.
Fonte: Jornal do Commercio
Mais Notícias da Fenafisco

Fenafisco participa de Assembleia Geral do Fonacate e acompanha debates sobre reforma administrativa
A Fenafisco marcou presença na Assembleia Geral do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), realizada virtualmente na […]

Fenafisco discute PEC 66 e “Descongela Já” em reunião no gabinete da deputada Bia Kicis
A Fenafisco segue com sua mobilização no Congresso Nacional para debater propostas legislativas de interesse da categoria. Representantes da Fenafisco, […]

Precisamos de pacto entre todas as carreiras”, defende Francelino Valença sobre Lei Orgânica do Fisco
O presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Francelino Valença, palestrou no seminário “Lei Orgânica: Fortalecimento e […]

Fenafisco marca presença em posse histórica da 1ª mulher presidente do Sindifisco-PB
Na última sexta-feira (9/5), a Fenafisco esteve presente para prestigiar Helena Medeiros, que tomou a presidência do Sindifisco-PB (Sindicato dos […]