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Polêmicas de dívidas

4 de abril de 2006

 

A proposta de perdão da dívida de países pobres da América Latina e do Caribe com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está longe de um consenso entre os representantes da instituição, reunidos em Belo Horizonte. Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e de Honduras, José Manuel Zelaya Rosales, compareceram, ontem, à abertura oficial da reunião do banco, assumindo a estratégia de pressionar ministros e técnicos dos países associados pelo cancelamento de débitos. São US$ 3,6 bilhões entre empréstimos que não foram pagos por esses dois países, o Haiti e o Equador.

          Os discursos inflamados por um alívio aos devedores esbarraram na cautela com que os ministros do Brasil, Paulo Bernardo Silva, e do Japão, Naokazu Takemoto, deixaram transparecer, ao classificarem o problema como um dos desafios que o BID enfrenta. O secretário-adjunto norte-americano, Clay Lowery, afirmou que, no máximo em cinco anos, serão concluídos os acordos de dívida com cada um dos países. O representante dos Estados Unidos nareunião lembrou que todos os acordos de dívida iniciados desde o fim dos anos 1990 exigiram intensa negociação e que deve ocorrer o mesmo em relação ao BID.

          Zelaya Rosales comparou os países pobres da América Latina e Caribe a Davi na disputa contra o gigante Golias, ao mencionar as dificuldades econômicas e sociais e de inserção da região no comércio internacional, e pedir o apoio da assembléia do BID. Ao lado dele, estavam o presidente da Bolívia e o ministro brasileiro do Planejamento e Gestão, Paulo Bernardo, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Diário de Pernambuco

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