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Plano novo e antigo terão mesmo reajuste

11 de fevereiro de 2006

Os 40 milhões de usuários de planos de saúde devem preparar o bolso. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já iniciou os cálculos para definir o reajuste anual das mensalidades dos planos. O grupo técnico concluirá o cálculo das planilhas até o final de março, com base na média de aumento dos planos coletivos. A novidade este ano é que o mesmo índice será aplicado para os planos novos e antigos. Em 2005, a ANS autorizou o percentual de 11,69% para os contratos assinados a partir de janeiro de 1999 e índices diferenciados de até 26,10% para planos anteriores à lei nº 9656/98. A expectativa é de que até abril o número esteja fechado.

  Ao participar ontem de evento no Recife, o diretor de Normas e Habilitação de Operadoras da ANS, Alfredo Cardoso, confirmou que será mantido o critério de reajuste dos anos anteriores. A simulação que está sendo feita pela agência inclui a análise de outras propostas encaminhadas pelas empresas. “Podemos buscar uma forma mais justa que espelhe a variação dos custos do setor”, confirmou. Cardoso evitou antecipar qualquer percentual, sob o argumento de que as planilhas ainda estão sendo analisadas. Ele garantiu que este ano não será repassado resíduo aos usuários de planos antigos.

  Consultores do setor de saúde suplementar apostam que a ANS vai utilizar nos cálculos a variação do Índice de Preços Geral de Preços de Mercado (IGP-M) referente ao período de abril de 2005 a março de 2006. Segundo Walter Graneiro, diretor da Capitólio Consulting, a expectativa é de que o reajuste seja inferior ao aplicado no ano passado porque o dólar permanece em baixa, o que reduz os custos do setor. O consultor diz que antecipar qualquer número agora é “chutômetro”.

Segmentação – A proposta dos planos de saúde populares defendidos pela Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo (Abramge) não foi bem digerida pela ANS. De acordo com Alfredo Cardoso, a agência é contrária a qualquer tipo de proposta que reduza a qualidade assistencial médico-hospitalar dos usuários. Ele se refereà diminuição das coberturas para baratear os preços dos planos. Cardoso lembra que no ano eleitoral será difícil o Congresso aprovar a mudança na lei para retirar garantias dos consumidores. Acrescentou que um plano de saúde no valor de R$ 25 não garante as coberturas da lei nº 9.656. A média de preço hoje no mercado é de R$ 44,50.

  Em relação ao mercado em Pernambuco, Cardoso estima que até março a ANS defina a situação das duas empresas que ainda estão em direção fiscal. Segundo ele, a Ideal Saúde apresentou um plano de recuperação fiscal que está sendo avaliado. Em relaçao à Sempe, a agência foi comunicada que a empresa negocia a venda da carteira.

Fonte: Diário de Pernambuco

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