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Plano de saúde terá alta no fim do mês

2 de maio de 2007

 

Os usuários da saúde privada vão pagar mais caro pelos planos de saúde a partir deste mês. A expectativa é que o reajuste das mensalidades dos contratos individuais e familiares fique entre 6% e 9% este ano. O percentual estimado pela Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo (Abramge) reflete as planilhas dos custos médico-hospitalares enviados pelas empresas à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a média dos aumentos dos planos coletivos e empresariais. Do total de 40 milhões de usuários do sistema de saúde suplementar, 12 milhões estão nos contratos individuais, sendo 350 mil em Pernambuco. ANS deverá bater o martelo no percentual até final do mês.

A Associação Pro Teste de Defesa do Consumidor alerta os consumidores para a pressão das empresas do setor para que seja aplicado o mesmo índice de aumento de 9% dos planos coletivos. A associação defende que seja aplicado um índice em torno de 3%, acompanhando a inflação. Ao definir o índice de reajuste aPro Testedefende que a ANS leve em conta que o custo do plano de saúde já representa quase 10 % do orçamento familiar, conforme dados do Dieese. De acordo com a entidade, os mais prejudicados são os idosos, cujos benefícios da previdência social com valor acima do salário mínimo foram reajustados em apenas 3,3% pelo governo federal. São 2 milhões de aposentados e pensionistas que têm planos de saúde individual ou familiar que serão onerados com o reajuste das mensalidades este mês.

São 40 milhões de usuários de planos de saúde

Sem falar que os idosos têm dificuldade para encontrar um plano que os aceite. Eles não têm a mobilidade dos 8,5 milhões de beneficiários de planos de assistência médica que, segundo estudo da ANS, aderiram ao seu plano de saúde atual há menos de um ano.

A ANS evita comentar o tema, sob a alegação de que os técnicos da agência ainda analisam as planilhas de custos das empresas. Este ano o anúncio do reajuste anual dos planos contratados a partir de janeiro de 1999 deve ser retardado porque somente na semana passada o presidente daANS, Fausto Pereira, foi confirmado no cargo para o próximo mandato. O ano passado a agência anunciou o percentual de 8,89% em meados de maio, o que dificultou operacionalmente a cobrança nos carnês.

Para Flávio Wanderley, presidente regional da Abramge, o atraso no anúncio do índice de correção dos planos prejudica as empresas e os usuários. Segundo ele, a data-base da maioria dos contratos é 1º de maio. Nesse caso, as operadoras terão que aplicar o percentual retroativo, onerando o valor das mensalidades de junho. “Se a ANS olhar para as planilhas de custos das empresas o reajuste não deverá ultrapassar 9%”, aposta.

O dirigente da Abramge argumenta que os custos assistenciais são os que mais pesam nas planilhas das empresas, entre eles, o índice de sinistralidade, que é a freqüência de utilização dos serviços de saúde. Nas seguradoras a sinistralidade chega a 80% e nas empresas de medicina de grupo alcança 72%, quando o ideal é não ultrapassar 60%.

Fonte: Diário de Pernambuco

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