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Piora o mercado de trabalho
25 de junho de 2014O mercado formal de trabalho (com carteira assinada) registrou, em maio, 58.836 novas vagas de emprego, o pior saldo (admissões menos demissões) para o mês desde 1992, quando foi registrada a abertura de 21.533 novas vagas. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve recuo de 18,32% na geração de postos de trabalho. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregado (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho ontem. O total já desconta as vagas que foram fechadas no mês passado. Em Pernambuco, houve o fechamento 10.706 vagas em maio deste ano em relação a maio passado (leia matéria ao lado).
O resultado nacional foi influenciado pela queda nas contratações na indústria, que fechou 28.536 vagas, com o declínio na criação de vagas em 11 dos 12 subsetores do setor. No comércio, foram eliminados 825 empregos no mês passado.
O resultado do Caged surpreendeu o ministro do Trabalho, Manoel Dias, que esperava a geração de 100 mil empregos em maio. Segundo ele, as demissões na indústria, sobretudo mecânica e de material de transporte, foram os principais motivos para o fraco desempenho do emprego formal no mês passado.
"Nós esperávamos mais. Não esperávamos essa queda no setor industrial", disse o ministro, para quem a onda de pessimismo impactou as expectativas dos empresários Segundo o ministro, os empregos para a Copa foram antecipados para fevereiro e por isso, não refletiram em novas contratações em maio.
Ele, no entanto, minimizou a desaceleração na criação de postos de trabalho. "O Brasil continua na linha de geração de emprego. Ocorre que pode haver uma variação para mais ou para menos, como está havendo. Para nós, o mais importante é o total de empregos gerados entre janeiro de 2011 e maio deste ano, de cinco milhões de empregos, no governo da presidenta Dilma Rousseff." Já as contratações no mês passado foram puxadas pelo setor de serviços, com 38.814 postos criados.
No acumulado do ano, foram criados 543.231 empregos, considerando os dados ajustados (declarados fora do prazo), o que representa um recuo de 18,8%. Nos cinco primeiros meses do ano passado, a geração líquida de vagas atingiu 669.279 vagas. O resultado é mais um indicador que reforça o baixo dinamismo da atividade econômica, na avaliação do economista da Tendências Consultoria Integrada, Rafael Bacciotti. "O fato de a indústria ter sido a principal contribuição negativa é mais um indicativo de fraqueza da atividade industrial."
O lado positivo da desaceleração na criação de emprego é no quesito inflação. O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, afirmou que o resultado do Caged de maio pode ter um reflexo bom para conter os preços e reduzir a inflação. "Na medida em que forem criadas menos vagas, a taxa de desemprego tende a parar de cair e o salários tendem a parar de subir, o que vai impondo uma situação mais comportada para os preços."
Fonte: Jornal do Commercio
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