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PIB do Estado cresce 5,2%
12 de junho de 2014A indústria de transformação e a recuperação da agropecuária turbinaram a economia de Pernambuco no primeiro trimestre de 2014. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado cresceu 5,2%, na comparação a igual período de 2013, agregando R$ 31,8 bilhões na produção de riquezas. O desempenho ficou bem acima da taxa brasileira de 1,9% no mesmo intervalo. Os resultados foram divulgados ontem pela Agência de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem).
O presidente da Condepe/Fidem, Maurílio Lima, acredita que a performance do PIB no primeiro trimestre e o otimismo dos empresários da indústria e dos serviços (evidenciado nas sondagens dos setores) sinalizam que deve se confirmar a estimativa de crescimento do PIB para 2014. "Mantemos nossa expectativa de crescimento ente 4% e 4,5%", observa.
Um dos diferenciais nessa divulgação do PIB foi a inclusão de setores que não eram enxergados pelo Sistema de Contas Regionais do IBGE, a exemplo da indústria naval. A economista do Condepe/Fidem, Cláudia Pereira, explica que a base atual tomava como referência o ano de 2002 e a partir desse exercício foi atualizada para 2012, ano em que o setor naval já figurava na matriz industrial de Pernambuco, com a operação do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), no Complexo de Suape. "Com isso, a indústria de transformação foi a grande estrela no resultado do PIB trimestral. Até mais do que a agropecuária, que registrou um crescimento de 45,5%, mas como recuperação após uma grande magnitude de perdas", destaca.
No trimestre, a indústria em geral cresceu 5%, mas a indústria de transformação avançou 7,8%. O desempenho foi bem diferente do nacional, que fechou com taxa negativa de 0,5%. Nesse intervalo analisado, a indústria de transformação ultrapassou a construção civil (1,2%), que costumava puxar para cima o PIB da atividade. Os principais segmentos que puxaram a indústria de transformação foram os produtos alimentares (27,9%), navios (21,2%), bebidas (6,9%) e metalurgia (6,9%).
A construção civil desacelerou o crescimento, motivada pelo arrefecimento do setor imobiliário. O diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães, que em função do cenário de inflação e baixo crescimento nacional, a decisão de consumo de bens de alto valor como imóveis e veículos é mais difícil. O Índice de Velocidade de Vendas (IVV), indicador que antecipa a decisão dos empresários do setor em investir, registrou queda de 15% no primeiro trimestre de 2014.
Fonte: Jornal do Commercio
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