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PF identifica duas empresas em PE

17 de agosto de 2006

 

Em Pernambuco, a Operação Dilúvio prendeu Guilherme Queiroz Pinheiro Júnior, 47 anos, ex-diretor administrativo da Suata Serviços e Logística Integrados, empresa cujo dono era Antônio Mansur, falecido este ano e pai de Marco Antonio Mansur, chefe do esquema em São Paulo. A operação ainda apreendeu um computador e documentos contábeis da Suata e documentos financeiros do depósito de uma empresa de informática, segunda investigada no Estado. Em ambas foram identificadas cargas sonegadas que permaneceram no local.

A operação começou em Pernambuco às 5h. Às 6h, Guilherme Pinheiro foi preso em sua residência na praia de Enseada dos Corais. O delegado da Polícia Federal (PF) Marcelo Aires realizou a prisão. Pinheiro foi indiciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documento falso e contrabando. O ex-diretor está desligado da Suata desde 2005. Ele ficará detido por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Pinheiro pode pegar até 18 anos de prisão.

Outras duas equipes da PF participaram da operação. Uma, liderada pelo delegado Belmiro Freire, dirigiu-se ao depósito da empresa de informática, no Curado. Outra, chefiada pelo delegado Santiago Amaral Fernandes, seguiu para o Porto de Suape, onde localiza-se a Suata. O número total de oficiais da PF envolvidos gira em torno de 30.

Segundo Aldemir Alves de Lucena, assessor de comunicação da PF, as duas empresas “importavam equipamentos e sonegavam os tributos federais, aumentando o faturamento”. A PF ainda não sabe o grau de participação da empresa de informática no esquema. Se a empresa fosse apenas um importador real do Grupo Mansur, ela teria conhecimento e até participaria das operações declarando os preços subfaturados. Procurados pela reportagem, nenhum representante da empresa foi encontrado.

A Suata possui um operador portuário, um terminal de contêineres, um armazém alfandegado e outro geral, um entreposto aduaneiro e ainda realiza frete e distribuição dos mais variados tipos de produtos. Já a empresa de informática atua há 15 anos no mercado nacional. A PF não descarta prender outras pessoas e realizar buscas em outras empresas no Estado. Até o momento, não foi identificado funcionário algum da Receita em Pernambuco como envolvido no esquema.

Fonte: Folha de Pernambuco

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