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Petrobras só acumula perdas
22 de janeiro de 2015O balanço não auditado da Petrobras referente ao terceiro trimestre de 2014, divulgado na madrugada de ontem, não apresentou as informações mais esperadas pelo mercado – o valor que será suprimido dos ativos por conta da corrupção que se abateu sobre a companhia –, mas indicou que o rombo é muito maior do que se previa. As perdas com propinas e superfaturamentos podem chegar a R$ 88,6 bilhões, 77,1% do valor de mercado da companhia, que despencou de R$ 128,7 bilhões, na terça-feira, para R$ 114,8 bilhões ontem, com as desvalorização das ações da estatal, que caíram até 11,21% no caso das ações preferenciais, com prioridade na distribuição de dividendos. As ordinárias, com direito a voto, despencaram 10,48%. A queda fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechar em baixa de 1,85%.
Diante do número das perdas, que superou as previsões mais pessimistas, a diretoria da empresa negou-se a computar as baixas contábeis no balanço, alegando que a metodologia utilizada não é correta. A decisão de esconder os dados custou caro para a companhia. As ações derreteram e, em apenas um dia, a Petrobras perdeu R$ 13,90 bilhões de valor de mercado. Em Nova York, a perda foi ainda maior, de 11,95%, para os chamados American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, justificou a decisão, afirmando que é “impraticável a exata quantificação destes valores indevidamente reconhecidos”, porque os pagamentos foram feitos por fornecedores externos e não podem ser rastreados nos registros contábeis da companhia. “O resultado das avaliações indicou que os ativos com valor justo abaixo do imobilizado totalizaram R$ 88,6 bilhões de diferença a menor. Decidimos não utilizar a metodologia da determinação do valor justo para ajustar os ativos imobilizados devido à corrupção", alegou, em comunicado.
A estatal garantiu que vai “aprofundar” outra metodologia, pedindo orientações à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ao órgão equivalente nos Estados Unidos, a Securities and Exchange Commission (SEC). “Por que não fez isso antes?”, indagou o economista-chefe da Opus Investimentos, José Márcio Camargo. Para ele, a PricewaterhouseCoopers (PwC) – empresa de auditoria externa que atestava a veracidade dos documentos contábeis da Petrobras, mas se negou a continuar a fazê-lo depois que os escândalos de corrupção vieram à tona – deve ter exigido que a estatal buscasse metodologias aprovadas pelas duas agências reguladoras.
Fonte: Diario de Pernambuco
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