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Perda de renda estimula os planos alternativos

17 de fevereiro de 2006

As consecutivas perdas do poder de compra dos brasileiros e os reajustes aplicados nas mensalidades tornaram-se as principais causas para a saída, nos últimos seis anos, de cerca de 5 milhões de usuários do sistema de saúde suplementar brasileiro. Em Pernambuco, a Associação Brasileira da Medicina de Grupo (Abramge) acredita que a redução no número de consumidores, nesse período, ficou em 150 mil. E o destino desses usuários, em muitos dos casos, foi a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) ou planos alternativos.

Entre os diversos exemplos de empresas do setor de saúde que perceberam essa mudança no mercado de planos de saúde, o hospital Memorial Guararapes – que funciona em Jaboatão dos Guararapes – é um deles. Como o centro hospitalar recebe pacientes dos planos como do SUS, foi possível observar, nos últimos anos, esse processo de migração. “A perda de poder aquisitivo levou uma boa parcela dos usuários dos planos mais completos a aderir aos contratos intermediários. Depois, eles acabam procurando aqueles planos populares e, por fim, o destino é mesmo o SUS”, conta o gerente administrativo do Memorial, Afonso Medeiros.

Hoje, ele conta que 70% das internações registradas mensalmente são de pacientes do SUS, apesar de o hospital manter convênio com cerca de 30 operadoras de planos de saúde das mais diversas categorias. O próprio centro hospitalar acabou criando um novo produto destinado a esses antigos usuários dos planos de saúde: é o CredParto. Com ele, as gestantes começam a pagar pelo parto, a partir do momento em que recebem a notícia de que estão grávidas.

Ou seja, se o pagamento começar no primeiro mês da gestação, o parcelamento poderá ser feito em até oito meses. “Serve para aquelas pessoas que não querem arcar, por anos, com a mensalidade do plano de saúde, mas também não querem entrar na fila do SUS”, explicou Medeiros. Por mês, o Memorial Guararapes fecha, em média, 40 contratos para o CredParto. Nas próximas semanas, também começará a funcionar uma parceria firmada entre o hospital e o Banco do Brasil que vai permitir o financiamento de cirurgias em até 24 meses, com juros diferenciados.

Fonte: Jornal do Commercio

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