O governo do estado vai investir R$ 6 milhões em projetos voltados à recuperação da cultura da cana-de-açúcar, duramente atingida pela seca do ano passado. A alocação dos recursos foi aprovada na terça-feira, pela Assembléia Legislativa, e permitirá a reedição do Programa de Ações Complementares de Apoio ao Desenvolvimento da Zona da Mata – Prorenor/Proresul. O dinheiro será aplicado na compra e distribuição de 8 mil toneladas de adubo e no pagamento do salário de 2,5 mil trabalhadores da palha da cana, desde que os empregadores se comprometam a criar uma nova vaga para cada funcionário subsidiado.

  O secretário de Produção Rural, Ricardo Rodrigues, explicou que do total disponibilizado, R$ 5 milhões serão destinados à Zona da Mata Norte. A região foi a mais atingida pela estiagem, apresentando perda de safra superior a 45%. O restante será aplicado na Mata Sul, principalmente nos municípios de Quipapá, São Benedito e Maraial. Terão direito a participar do programa os canavieiros que apresentarem redução de safra acima de 20% na Mata Sul e de 30%, na Mata Norte.

  Os canavieiros que se enquadrarem no sistema de perdas estabelecido pela Secretaria de Produção Rural devem procurar o Sindicato dos Cultivadores de Cana para se habilitarem ao programa. O pagamento do subsídio para remuneração da mão-de-obra será efetuado durante três meses, permitindo a recuperação de 40 mil hectares e um incremento na produção de cana de 2 milhões de toneladas. O volume de cana colhida em Pernambuco caiu de 16,6 milhões de toneladas na safra 2004/2005 para 13,7 milhões, em 2005/2006.

  “As ações do Prorenor e do Proresul assumem uma importância vital para a zona canavieira, uma vez que asseguram a manutenção da empregabilidade na região”, declarou Rodrigues. Ele afirmou que o programa tem um alcance social grande e deve beneficiar cerca de 20 mil trabalhadores e agricultores de base familiar em mais de 15 municípios de Pernambuco. Em toda a Zona da Mata existem mais de 350 mil hectares cultivados com cana-de-açúcar. Esse cultivo gera mais de 100 mil empregos no período de safra, de setembro a março.

Fonte: Diário de Pernambuco