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Para Mendonça, é “saudade dos precatórios”

13 de setembro de 2006

 

Com certeza, eles devem estar com saudade dos precatórios.” Foi dessa forma que o governador e candidato à reeleição, Mendonça Filho (PFL), reagiu à entrevista coletiva convocada pelo Sindicato dos Auditores Fiscais de Pernambuco (Sindifisco) para denunciar as condições de trabalhos da categoria. A declaração foi dada na saída do Centro de Convenções de Olinda, onde o governador abriu a V Feira Internacional de Material, Equipamento e Serviços da Construção Civil. Mendonça Filho não quis se aprofundar na avaliação da iniciativa do Sindifisco, que já havia sinalizado o apoio ao socialista há dois meses, em almoço oferecido ao oposicionista.

Na Secretaria da Fazenda, o secretário-adjunto, Ricardo Guimarães, escalado para responder as denúncias do Sindifisco, criticou a iniciativa da entidade. “O Sindifisco tomou um caminho político, e isso não é bom. A nossa missão é arrecadar. Política deve ser deixada para os políticos. O problema é que existe uma simpatia declarada da entidade por Eduardo Campos (PSB). Mas a Secretaria da Fazenda não tem que ir por este caminho, essa vertente política”, criticou.

O adjunto da Sefaz também rebateu a acusação de que o Estado seja uma zona franca, livre de impostos. “Não é zona franca coisa nenhuma. Se fosse assim, não estaríamos com uma arrecadação tão alta. O desempenho excelente da arrecadação mostra que isso não é verdade. Neste primeiro semestre de 2006, tivemos um crescimento de 14,45% na arrecadação de ICMS, na liderança entre os dez Estados que tiveram maiores crescimentos do País. Isso tudo sem aumento de alíquota e sem contratação de pessoal.”

Na avaliação de Ricardo Guimarães, o problema da direção do Sindifisco “é miopia”. “O modelo que eles defendem é ultrapassado. A Bahia, que tem mais área geográfica e um PIB maior do que o nosso, tem 18 postos fiscais, contra 21 postos daqui. Não podemos ter um fiscal para cada um dos 80 mil contribuintes do Estado. Para o Sindifisco, o ideal é que tivéssemos uma Muralha da China em nossas fronteiras”, ironizou.

Fonte: Jornal do Commercio

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