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Para gerência de alto nível

28 de agosto de 2011


JC NEGÓCIOS

Eleito
governador, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Eduardo Campos
logo viu que com o time de correligionários e as ofertas do arco de
apoio político da campanha teria poucas chances de montar a equipe
capaz de fazer a gestão diferenciada que imaginava. A solução foi
buscar gente onde sabia que existia até por razões históricas e
familiares. Na Secretaria da Fazenda, onde já tinha passado e
formado um grupo de apoio técnico, e no Tribunal de Contas, onde
além de sua esposa ser da casa, formara um outro grupo de apoio
técnico inclusive além das políticas.

Olhada
hoje, a equipe do primeiro governo tinha um grupo com efetivo poder e
acesso direto ao governador colocado nas secretarias-chave e um
núcleo periférico, onde ele acomodou os partidos que o ajudaram a
vencer e cujo desempenho, como se sabe, ficou aquém do que ele e
seus amigos do TCE e da Fazenda esperavam, como o caso de Transportes
e outros que, inclusive, causaram-lhe constrangimento político, como
a pasta do Turismo.

Reeleito
com 82% dos votos, Campos não só tratou de ampliar o poder de
decisão do grupo técnico como agora se prepara para fechar um
projeto de, pela primeira, vez ter gente com formação acadêmica,
contratada por concurso, voltada para o setor público. Uma espécie
de banco de talentos que, no futuro, livre o Estado de se socorrer
sempre de auditores do TCE e da Fazenda.

Equipe
tem 75 no Fisco e no TCE

Não
se pense que sacar gente do corpo técnico do TCE e da Fazenda não
seja uma aposta adequada. Hoje, dos 59 fazendários que estão no
governo e dos 16 do TCE, nenhum deles tem, pelo menos, uma
pós-graduação e alguns já são mestres. Além disso, como têm
estabilidade financeira, podem vir para o governo (cujo teto salarial
é de R$ 9 mil) com seus salários de origem, o que dá ao governador
a chance de ter o que de melhor existe no setor público em termos de
gestores. Além da perspectiva de ascensão.

Faixa
etária

A
opção de Eduardo Campos também tem a ver com sua idade. Os seus
auxiliares estão na mesma faixa etária, têm a mesma formação
acadêmica e até já se frequentavam socialmente.

Poucos
de fora

Hoje,
com exceção de Tadeu Alencar e Ricardo Dantas (da Receita Federal),
Anderson Lima (UFPE) e João Bosco Almeida (Chesf), quem comanda de
fato, veio da Fazenda e do TCE.

Lugar
estratégico

Isso
não quer dizer que os de fora não tenham prestígio. Mas de Suape à
Compesa ou da Cehab ao Condepe-Fidem, tem sempre um auditor por
perto.

Quase
mil gestores

Talvez
por isso, o governador invista tanto num projeto de contratação de
700 novos servidores de alto nível, na formação de mais 200 pela
UPE e até em pós-graduação.

Equipe
feita para gestão pública

O
secretário Ricardo Dantas aposta no conceito, pois, pela primeira
vez, o Estado formata uma carreira de gestor de alto nível focada no
setor público.

Promoção
exigirá nova graduação

E
quem entra no governo como analista concursado sabe que o critério
será sempre por merecimento, inclusive, com exigências de ter
pós-graduação para nova promoção.

Pela
meritocracia

O
critério de promoção apenas por merecimento está chegando também
à SDS. A partir de agora, os 30 níveis de salários de delegados
excluem o item antiguidade.

Visibilidade
maior

Além
disso, oportunidade de virar secretário, naturalmente, é o sonho de
qualquer auditor pela visibilidade e oportunidade de contatos que o
cargo oferece.

Carreira
de analista de governo

Estado
cria um banco de 700 gestores

Para
o secretário Ricardo Dantas, a fixação do conjunto de carreiras de
gerências de alto nível talvez seja a maior aposta da gestão
pública no futuro. E com o mercado privado disputando gestores, a
existência de uma nova carreira de Estado talvez seja a única
maneira do governo pensar seu próprio modelo de gestão.

Fonte: Jornal do Commercio

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