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Pacote reduz CPMF e desonera salários
15 de novembro de 2006O pacote de ajuste fiscal de longo prazo e corte de impostos apresentado ontem pela equipe econômica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevê a redução gradual da CPMF e a transformação da contribuição num tributo permanente. Pela primeira vez, o governo também discutiu mudanças na Previdência Social, embora o ministro Guido Mantega (Fazenda) negue
O objetivo do pacote, diz o governo, é elevar a taxa de crescimento da economia para 5% já em 2007. Neste ano, o país deve crescer cerca de 3%, segundo projeções do mercado. Segundo Mantega, há duas alternativas para reduzir a CPMF.
Uma delas é reduzir gradualmente a alíquota, hoje de 0,38%, para todas as operações que pagam o tributo. A outra é fazer uma redução específica para alguns setores – Mantega citou a suspensão da cobrança sobre as operações de crédito como exemplo.
A cobrança da CPMF será suspensa em dezembro de 2007, mas o governo terá que prorrogar o tributo porque não pode abrir mão de R$ 32 bilhões da arrecadação da contribuição. Lula analisou oito medidas de desoneração de impostos, entre as quais a cobrança da contribuição patronal para o INSS sobre o faturamento e não mais o valor da folha de pagamentos das empresas, a isenção do PIS e da Cofins na compra de máquinas e equipamentos e a ampliação da suspensão do PIS e Cofins para empresas que exportam mais de 80% de sua produção. Neste caso, a proposta é reduzir esse percentual para que mais empresas se beneficiem da isenção.
O plano de ajuste fiscal “gradual” que o governo está preparando poderá render uma economia entre R$ 6 bilhões e R$ 13,5 bilhões por ano, até o final do segundo mandato do presidente. Os números são resultado de projeções realizadas por técnicos do Congresso a partir de estimativas mais ou menos otimistas para o comportamento da economia e para o crescimento das despesas.
O presidente, porém, considerou”tímida” a proposta de cortes de impostos apresentada pelo Ministério da Fazenda. Solicitou que Mantega e o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, elaborem um plano conjunto. As medidas do pacote de ajuste fiscal e desoneração serão anunciadas ainda neste ano.
Mantega se reunirá com o ministro Nelson Machado (Previdência Social) nesta semana para discutir medidas da área. Além do salário mínimo, a pauta incluirá uma revisão das isenções concedidas pelo INSS. Para Mantega, apesar do déficit na Previdência, haverá espaço para reajustes do mínimo acima da inflação no pacote
Mesmos com as discussões sobre corte de tributos, o Imposto de Renda será excluído do programa de ajuste fiscal e desoneração de tributos que está sendo preparado pelos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento e do Planejamento. Ao responder a uma pergunta sobre se as medidas vão incluir o reajuste da tabela do IR, Mantega disse que a redução desse imposto não produz impacto sobre o crescimento da economia, principal foco das mudanças do governo em estudo.
Fonte: Diário de Pernambuco
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