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Pacote pronto só em dezembro

3 de julho de 2014

O tão falado legado da Copa do Mundo para a mobilidade dos moradores da Região Metropolitana do Recife, usado e abusado em discursos políticos, ficou para o fim de 2014. Ou seja, quase seis meses depois do evento esportivo. Essa é a previsão atual que o governo do Estado faz para a conclusão das mais importantes obras viárias e de transporte público prometidas para os pernambucanos. As pendências são os Corredores de BRT Leste-Oeste e Norte-Sul, o Ramal da Copa e a Via Mangue, que totalizam R$ 775 milhões de investimentos.

A previsão foi dada pelo secretário-extraordinário da Copa em Pernambuco, Ricardo Leitão, ontem, durante balanço da operação montada pelo governo para receber os cinco jogos da Copa do Mundo no Estado e do legado de obras deixadas. O Corredor Leste-Oeste, que liga o Centro do Recife a Camaragibe e que deveria ter sido entregue à população desde dezembro do ano passado, será concluído em setembro próximo. Mesmo sendo, depois do metrô, o principal eixo de acesso à Arena Pernambuco, o Leste-Oeste funcionou com apenas duas das 16 estações previstas no projeto durante os jogos.

A conclusão do Corredor Norte-Sul, via de 33 quilômetros que liga Igarassu à capital, é ainda mais distante: novembro. Diferentemente do Leste-Oeste, que entrou em operação comercial com uma linha e antes da Copa, o Norte-Sul não está em funcionamento. Operou precariamente nos dias de jogos e só deverá começar a transportar a população diariamente no fim de julho.

E, mesmo assim, o prazo dado pelo governo refere-se apenas à conclusão das obras físicas. No caso dos corredores de transporte público, é preciso considerar o período de ajustes da operação, o que exige o lançamento gradativo das linhas e dos BRTs. Ou seja, mais tempo de espera.

O chamado eixo externo do Ramal da Copa, que liga a Avenida Belmino Correia e o TI Camaragibe à Arena Pernambuco, em São Lourenço, passando pelo bairro da Várzea, no Recife, só deverá ser finalizado em dezembro, assim como a Via Mangue, na Zona Sul da capital. O ramal teve a primeira parte finalizada para a Copa das Confederações, mas durante o Mundial o trecho pendente operou apenas com duas faixas para os BRTs. Já a Via Mangue foi liberada para a população no dia 13 de junho (um dia antes do primeiro jogo da Copa na Arena Pernambuco), porém incompleta e com sentido único de tráfego (cidade/subúrbio).

Para Ricardo Leitão, o saldo é positivo porque outras seis obras, entre elas a Arena Pernambuco, estão concluídas. "Na nossa avaliação, fizemos o melhor possível. Todas as obras previstas na matriz de responsabilidade assumida pelo governo de Pernambuco foram disponibilizadas para os torcedores. Nenhum projeto deixou de entrar em operação. Os não concluídos, como os corredores de BRT, parte do ramal e a Via Mangue tiveram um esquema operacional para levar as pessoas. Recebemos mais de 400 mil visitantes e viabilizamos investimentos públicos que somam R$ 2 bilhões, algo nunca visto nos últimos 50 anos."

Fonte: Jornal do Commercio

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