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Os infiéis da base
27 de abril de 2015As consecutivas derrotas nas votações na Câmara têm revelado o quanto a base do governo vem deixando de ser aliada. Apesar de a semana passada ter sido curta – começou na quarta-feira e acabou na quinta à tarde – as aprovações da terceirização, no plenário, e da redução de ministérios, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), impuseram ao governo uma necessidade de se recompor urgentemente com os parlamentares da Casa afim de não enfrentar futuras dificuldades já nesta semana.
Na apreciação do projeto sobre terceirização, que amplia a forma de contratação para atividades-fim de empresas do setor privado, 11 dos 17 partidos que compõem a base tiveram parlamentares que traíram a orientação do governo. O número demonstra que 60% dos aliados não estão tão alinhados com o pensamento defendido pela presidente Dilma Rousseff e por deputados petistas.
A batalha travada ao longo de semanas sobre a redução para 20 ministérios na Esplanada, discutida na CCJ, também revelou a sensibilidade entre as legendas coligadas.
De autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a PEC 299/13 travou embates entre os dois maiores partidos da base do governo, o PT e o PMDB. Porém, por um placar apertado (34 a 31), a proposta recebeu admissibilidade na quarta e seguirá para análise do mérito em comissão especial.
Legenda com maior índice percentual de traição na questão da terceirização, o PSDC considera normal haver divergências em algumas matérias.
“O partido faz parte da base, mas tem convicção pessoal sobre alguns assuntos. Não quer dizer que não vamos votar tudo que deverá ser encaminhado. Comuniquei que votaria de acordo com a minha consciência por entender que a terceirização é benéfica para o país e para os trabalhadores”, disse o líder do PSDC na Câmara, Aluisio Mendes (MA).
O pernambucano Eduardo da Fonte, líder do PP, é mais enfático ao explicar a traição à proposta da terceirização. “O posicionamento que vamos adotar agora é de nos reunir e decidir com a bancada como vamos votar tema a tema. Fizemos isso com terceirização e vamos fazer com ajuste fiscal”, pontuou Eduardo da Fonte.
Postura parecida foi tomada pela liderança do PR, que decidiu “não comprar a bandeira do PT”.“O PT era contrário por causa de uma bandeira que ele defende. Então, entendemos que não era uma questão de governo e liberamos a bancada”, afirmou o líder do PR na Câmara, Maurício Quintella (AL).
Já o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), preferiu minimizar que os temas tenham relação contrária ao governo. “A terceirização é um tema da sociedade e não enxergo como oposição ao governo”.
Placar diferente
O PSD acredita que discussões mais aprofundadas poderiam alterar os placares. “A bancada não é infiel, mas a convicção de grande parte da bancada é de que o projeto melhora a efetividade das empresas”, disse o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), que se absteve de votar.
Procurado, o líder do governo, José Guimarães (CE), não retornou às ligações para analisar as últimas votações na Casa.
Fonte: Diario de Pernambuco
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