Notícias da Fenafisco
O contra-ataque antecipado
16 de janeiro de 2007
Diante da iminente troca de acusações sobre a situação financeira do Estado a partir da divulgação dos números do caixa, em coletiva marcada para hoje pelo governador Eduardo Campos (PSB), integrantes da União por Pernambuco – Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Mendonça Filho (PFL) – resolveram se antecipar. Em nota enviada à Imprensa, sob o título “A verdade sobre as finanças do estado de Pernambuco”, os ex-gestores rebatem as acusações socialistas sobre a condição financeira estadual e cobram o cumprimento da promessa feita no discurso de posse do governador Eduardo Campos (PSB) de “descer do palanque”, a fim de estabelecer o “diálogo e a concórdia”.
Na introdução do texto elaborado pela assessoria do pefelista e do peedebista, os aliancistas afirmam ter mantido, até então, uma postura “serena e transparente”, mas, em decorrência das “colocações” de recebimento de um governo em “dificuldades”, tomaram esta postura.
Em oito itens, o ex-governo pontua motivos, segundo a assessoria, informações já discutidas no período de transição, para descredenciar as declarações. Politicamente, o mais importante se remete ao sétimo parágrafo. “A postura do atual Governo só pode ser interpretada com uma forma de encontrar pretexto para o descumprimento das inúmeras promessas de campanha”, afirma.
O item anterior também sugestiona sobre a propagação feita pelo Governo Eduardo Campos. “Com esse tipo de comportamento, o atual Governo deixa clara a sua tentativa de confundir a opinião pública para passar a falsa idéia de que o estado de Pernambuco enfrenta dificuldades financeiras”, acusa.
Os demais itens reiteram colocações sobre as finanças feitas, principalmente, no período eleitoral. Além de citar o enquadramento do Estado nos limites de Lei de Responsabilidade Fiscal, o reconhecimento da Secretaria do Tesouro Nacional a partir do cumprimento com União do programa de reajuste fiscal, é ressaltado o “árduo trabalho de reequilibro das finanças do Estado”.
A gestão Jarbas/Mendonça alega ter reduzido a divida pública que em 1998 era de R$ 7 bilhões, em valores atualizados, para R$ 4 bilhões. Sempre tomando como padrão de período comparativo o governo Arraes (1994 -1998), são destacados também como fatores para reequilibro financeiro, a redução da Receita Corrente Líquida com Pessoal, de 70% para 50%, e a recuperação da capacidade de geração de poupança corrente, segundo a nota, “antes negativa” para realizar investimentos.
E voltam a disparar contra Eduardo ao afirmarem ter deixado valores em convênio que permitiram, “com apenas 12 dias de gestão”, o atual governador autorizar ordens de serviços na Zona da Mata, fazendo referência à solenidade do Promata da última sexta-feira. O texto finaliza: “Reafirmamos o compromisso com Pernambuco e com a defesa do legado dos governos Jarbas/Mendonça, que resgatou a auto-estima dos pernambucanos e o desenvolvimento econômico e do nosso Estado”, conclui.
Fonte: Folha de Pernambuco
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