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O brilho e o declínio do Conselho
10 de janeiro de 2007
As reuniões eram sempre às sextas-feiras pela manhã e geralmente eram encerradas pouco antes das 13 horas. Depois, durante almoço, o papo se prolongava no Palácio do Campo das Princesas. As reuniões tinham ampla cobertura da imprensa nacional e local. O progressivo esvaziamento do Conselho Deliberativo da Sudene tirou um pouco do brilho político do Nordeste. Foi no governo Fernando Henrique, em 2001, com uma simples medida provisória (MP) que a autarquia foi sepultada de vez. Ou seja, também foram sepultados os ideários desenvolvimentas de Celso Furtado. A Sudene, foi idealizada num encontro em Salgueiro, em 1958. No governo JK, foi criada e subordinada diretamente à Presidêndcia da República.
No final da década de 70 e meados da de 80, a Sudene viveu dias históricos e movimentados, com os governadores nordestinos e de Minas Gerais defendendo os interesses de seus estados. Antes das eleições diretas para governador, em 1982, quem sempre chamava a atenção era o então governador Antônio Carlos Magalhães. Por causa da sua língua afiada, era um dos mais procurados pelos jornalistas. ACM não deixava nada sem resposta, mesmo quando de tratava de questões éticas envolvendo certas autoridades no lusco-fusco do regime militar (o AI-5 estava revogado desde dezembro de 1978 e a Lei da Anistia aprovada em 1979).
Mas, foi em 1982, com eleição de Tancredo Neves para governar Minas Gerais que o Conselho Deliberativo se fortaleceu. Com a presença do ex-governador mineiro, ACM deixou de ser mais assediado pelos jornalistas. Tancredo, apesar de seu estilo ameno de fazer política, afirmava que o PDS era o “partido dos grotões” (em 1982 o PDS elegeu todos os governadores do Nordeste), o que irritou muitas lideranças da região. Mas, graças às reconhecidas habilidades políticas de gente como Marco Maciel, o assunto foi secundarizado dias depois.
Quando Tancredo se elegeu governador, seu fiel escudeiro, o falecido ex-deputado federal e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Thales Ramalho disse: “A vitória de dr. Tancredo émuito importante para o futuro político do país”. Sua previsão foi confirmada com a vitória de Tancredo no colégio eleitoral para governar o país, derrotando Paulo Maluf. A vitória encerrou o ciclo militar de forma pessedista, sem violência. Mas, o imponderável não permitiu que Tancredo assumisse a Presidência da República em março de 1985.
Assumiu o vice, José Sarney originário da antiga UDN (Tancredo, a exemplo de Arraes, era um pessedista histórico.) No dia 21 de abril de 1985, Dia de Tiradentes, Tancredo morre. E a Sudene fica menor. Vez por outra, generais-presidentes e Sarney participavam das reuniões do CD – mas o esvazimento começou a se consolidar com a Constituição de 1988, que permitiu ao governo federal repassar as verbas diretamente para os governadores sem a intermediação da autarquia.
Fonte: Diário de Pernambuco
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