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O bilionário esquema de propina na Petrobras

18 de novembro de 2014

O quebra-cabeças que começa a se formar a partir da junção dos depoimentos de delatores na Operação Lava-Jato, das apreensões de bens e valores, e do volume de negócios que a Petrobras mantinha com as empreiteiras acusadas de formar um cartel para lesar os cofres públicos aponta para um valor surpreendente de propinas pagas no esquema. A estimativa dos investigadores é de que a cifra pode chegar a R$ 1,77 bilhão. 

De acordo com o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, os subornos variavam de 1% a 3% do total dos contratos, sendo que a petroleira fechou R$ 59 bilhões em negócios com o suposto cartel formado por empreiteiras como Odebrecht, Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior e Engevix. As apurações da Polícia Federal e do Ministério Público apontam o pagamento de propina em pelo menos nove empreendimentos, incluindo a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Segundo o executivo Júlio Camargo, da Toyo Setal, a Camargo Corrêa pagou R$ 23,37 milhões à empresa Treviso, de propriedade dele. Desse valor, R$ 6 milhões foram repassados ao ex-diretor Renato Duque – ligado ao PT – e ao gerente Pedro Barusco, em contas no Brasil e no exterior, no banco Credit Suisse. 

Augusto Mendonça, outro executivo da Toyo Setal, afirmou que a Mendes Júnior e outras empresas corromperam funcionários para garantir obras de R$ 1 bilhão na refinaria Replan, em Paulínia (SP). Ele disse que negociou a propina com o ex-deputado José Janene (PP-PR), Duque e Barusco. 

Habeas corpus
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou ontem cinco pedidos de habeas corpus de presos na Operação Lava-Jato ligados à empreiteira OAS, entre eles o do presidente da empresa, José Aldemário Pinheiro Filho.

Fonte: Diario de Pernambuco

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