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Novo secretário de Fazenda promete contenção de gastos

16 de dezembro de 2006

 

O futuro secretário da Fazenda promete fechar as torneiras do estado, pelo menos nos primeiros meses de governo. Djalmo Leão, anunciado ontem para a pasta por Eduardo Campos, diz que um dos objetivos da austeridade fiscal é o aumento da poupança interna, principalmente para financiar investimentos. “Vamos precisar fazer ajustes. Queremos garantir recursos para concluir as obras de infra-estrutura dos grandes projetos de Suape”, explicou.

As obras de infra-estrutura da refinaria e do estaleiro estão orçadas em cerca de R$ 500 milhões. A dificuldade maior, afirma Leão, é saber quanto vai restar em caixa para o próximo governo. “Os levantamentos feitos mostram que o estado tem problemas e ainda não recebemos o fluxo de caixa de dezembro, que só será fechado no dia 31”, exemplificou. O governo Mendonça Filho tem dito que vai deixar cerca de R$ 1,3 bilhão, incluindo contratos e convênios, para investimento futuro.

O torniquete deve apertar também para os servidores públicos. A nova equipe de Eduardo Campos ainda não tem noção do impacto que o último reajuste de 10%, concedido em abril de 2006, vai exercer sobre a folha. De qualquer forma, um dos compromissos de campanha do governador eleito é manter uma mesa de negociação permanente com os servidores.

A busca por mais recursos pode ressuscitar, inclusive, a campanha Todos com a nota, um dos carros-chefe do terceiro governo Arraes. “A campanha, que ajudou a aumentar a arrecadação naquela época, pode voltar”, declarou Djalmo Leão.

A preocupação com a atração de mais recursos não é exclusiva da Fazenda. O futuro secretário de Planejamento e Gestão, Geraldo Júlio Melo Filho, diz que a Agência Condepe/Fidem, a partir de 2007, deverá se dedicar também à captação de investimentos e à execução dos contratos já existentes. “O Condepe/Fidem vai ganhar novas funções, pois além de planejar, a minha pasta também fará a gestão da máquina pública”, destacou.

Geraldo é do Tribunal de Contas do Estado (TCE), assim, como o futuro secretário de Administração, Paulo Câmara. Essadobradinha tem uma razão de ser: o foco no ajuste fiscal e no corte de gastos. “Vamos segurar os gastos, inclusive durante as negociações salariais”, alertou Câmara. Tanto que a nova estrutura de governo foi desenhada sem gerar acréscimos na despesa do estado.

Estrutura – O governador eleito Eduardo Campos voltou a dizer que tem a preocupação de “fazer crescer as contas públicas”. “Compatibilizamos a estrutura atual com o nosso plano de governo, sem criar novas despesas”, reforçou. O socialista garantiu que dará continuidade aos projetos em andamento e que não tem a intenção de “desmanchar tudo que o outro fez”. “Se (o projeto) estiver caminhado bem, nós vamos dar seguimento”, frisou.

O que o novo governo pretende mudar é a sistemática do Programa de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Prodepe) e mexer um pouco na estrutura da AD/Diper. “Queremos uma AD/Diper mais proativa e menos receptora de pedidos de incentivos”, disparou o futuro secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho.De acordo com ele, um dos focos serão as parcerias público-privadas (PPPs).

Fonte: Diário de Pernambuco

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