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Novo Recife volta ao debate
1 de julho de 2014Dentro de 15 dias, quem tiver interesse poderá debater o projeto Novo Recife em audiência pública a ser convocada, hoje, no Diário Oficial do município. O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano da cidade, Antônio Alexandre, em coletiva à imprensa, ontem à tarde, na sede da prefeitura, cujo acesso foi ocupado desde cedo por integrantes do Movimento Ocupe Estelita, contrário ao projeto, que prevê a construção de 12 torres residenciais e comerciais no Cais José Estelita, bairro de São José, área Central do Recife.
A audiência pública estava prevista em um documento com propostas de procedimentos para a negociação, assinado por sete das 11 entidades participantes das discussões, no dia 16 de junho. As outra quatro entidades (Ministérios Públicos Federal e Estadual, Consórcio Novo Recife e Movimento Ocupe Estelita) receberam o material por email. Nele, também se estipulava um prazo de 30 dias para estabelecimento das diretrizes urbanísticas a serem observadas no redesenho do projeto, considerando o território do Cais José Estelita e seu entorno.
Conforme o secretário, apenas o Consórcio Novo Recife (formado pelas empresas Moura Dubeux, Queiroz Galvão, GL Empreendimento e Ara Empreendimento) se pronunciou sobre o documento. "Mas independente disso, vamos dar continuidade ao processo, pois ele é de interesse da sociedade como um todo", afirmou. "O conflito continua, então precisamos sentar e encontrar uma solução possível".
Pela manhã, durante reunião do prefeito Geraldo Julio com membros das entidades que assinaram o documento, os manifestantes acamparam na entrada do prédio. Pediam para participar do encontro, mas recusaram a condição de desocupar o local para isso.
"Faz 15 dias que houve a reintegração de posse truculenta do Estelita e o silêncio da prefeitura mostra que foi omissa, não teve habilidade política para tocar as negociações", declarou Chico Ludemir, do movimento. "Somos a favor da audiência pública, mas não queremos uma rediscussão do projeto atual e sim o cancelamento de todo o protocolo. Não havendo uma proposta aceitável, vamos nos manter aqui", afirmou. Antônio Alexandre adiantou que a prefeitura tentará uma desocupação pacífica. "Mas é nossa obrigação preservar o espaço público e vamos fazê-lo", salientou.
Fonte: Jornal do Commercio
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