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Novo PIB pode levar a embate no mínimo

12 de março de 2015

Um novo cálculo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 e de 2010, apresentado ontem, pode ampliar o rombo fiscal do país e pressionar as despesas das empresas com a folha salarial, em um ambiente econômico de queda de faturamento e de eliminação de incentivos tributários pelo governo. As centrais sindicais informaram terem sido surpreendidas pela mudança, mas ressaltaram que vão buscar a elevação do valor do salário mínimo, cuja fórmula de correção considera o avanço do PIB.
Os sindicalistas querem o recálculo do piso salarial dos últimos três anos, e afirmam que, se, isso não for feito por meio de negociação, vão recorrer à Justiça. 

Os ministérios do Planejamento, da Previdência, da Fazenda e do Trabalho não se pronunciaram sobre o tema. Uma fonte afirmou que, pela legislação em vigor, o que vale é o PIB divulgado na época em que o salário mínimo é definido. Portanto, não caberia revisão do piso salarial dos últimos anos. De acordo com a conta refeita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 3,9% em 2011, bem mais do que os 2,7% divulgados anteriormente. O crescimento de 2010 ficou em 7,6% em vez dos 7,5% apresentados antes. Segundo a instituição, a nova metodologia segue padrões internacionais que passaram a ser adotados por vários países.

A lei de reajuste do salário mínimo leva em conta a inflação do ano anterior e o crescimento do PIB de dois anos antes — tramita no Congresso a renovação da regra até 2019. Com o novo PIB de 2011, o piso salarial de 2013 passaria a ser de R$ 685,44 em vez de R$ 678. Caso isso seja pago de forma retroativa, cada trabalhador teria direito a R$ 7,44 mensais, o que, multiplicado pelos 13 pagamentos do ano, resulta em R$ R$ 96,72.

Fonte: Diario de Pernambuco

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