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Novo incentivo para o estaleiro
8 de março de 2006O projeto de implantação de um estaleiro em Pernambuco está mais forte. A estatal petrolífera venezuelana, PDVSA, decidiu dar prioridade à compra de navios fabricados no Brasil. Segundo o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, o estaleiro de Pernambuco vai ser um dos cinco do Brasil que vão fornecer 36 navios para a PDVSA. Trata-se de um grande impulso à implantação do empreendimento em Suape, projeto orçado em US$ 170 milhões.
A encomenda equivale a US$ 3 bilhões e é o dobro do valor estimado para a primeira etapa da licitação da Transpetro, estatal de transporte da Petrobras que também comprará os navios. Ariovaldo Rocha anunciou ontem que, graças a acordo feito entre os governos do Brasil e da Venezuela, os estaleiros brasileiros ganharam a preferência em relação a outros países que também disputavam a encomenda, como Argentina, que ficou com cinco embarcações, e Espanha, que fará outros dois. A negociação entre estaleiros brasileiros e a PDVSA já acontecia desde o ano passado.
Representantes do setor vão a Caracas na semana que vem para uma reunião, agendada para 13 de março, com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, onde esperam acertar os detalhes da encomenda. Segundo Rocha, já está definido que os navios serão construídos no Brasil, mas as partes ainda têm de negociar preços e prazos.
O estaleiro em Pernambuco será construído por um consórcio liderado pela Camargo Corrêa com a participação de grandes grupos como o pernambucano Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Aker Promar e a gigante coreana Samsung. Além de Pernambuco, as embarcações devem ser construídas em três estaleiros do Rio de Janeiro (Mauá Jurong, Eisa e Keppel Fels) e um de Santa Catarina (Itajaí). Através da assessoria de imprensa, a Camargo Corrêa confirmou que está negociando com o governo da Venezuela a obtenção de parte das encomendas.
Segundo Ariovaldo Rocha, a encomenda da Venezuela, somada aos 26 petroleiros da Transpetro, permitirá a geração de mais 10 mil empregos diretos além da manutenção dos atuais 40 mil existentes. De acordo com ele, a encomenda de petroleiros de grande porte demonstra que a indústria brasileira está em condições de competir no mercado externo. Mas a própria Transpetro já mostrou preocupações com a capacidade da indústria brasileira atender as encomendas, já que o único lote de navios com preço conhecido até agora, o de derivados de petróleo pela Mauá-Jurong, ficou perto do dobro cobrado pelo mercado internacional.
Fonte: Jornal do Commercio
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