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Natal já aquece a Sulanca
26 de novembro de 2006
CARUARU – O frenético movimento da Feira da Sulanca de Caruaru (município do Agreste pernambucano, com cerca de 270 mil habitantes) está cada vez mais intenso com a proximidade do Natal. Embalados pelas festas de fim de ano e pelo pagamento do 13º salário, compradores chegam de todas as partes do País, aquecendo a economia da região. A estimativa é que cerca de 100 mil pessoas visitem a cidade nas próximas semanas, quando acontecem as maiores feiras do ano. Os principais atrativos são os preços baixos e a variedade de produtos.
Segundo a Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, pelo menos 1.100 ônibus e 1.500 veículos de transporte alternativo trazem os visitantes, que compram confecções em mais de 10 mil pontos, incluindo bancos, lojas e ambulantes. A feira vai das 3h às 15h, sempre na terça-feira, mas a estrutura é montada no dia anterior, com a interdição de ruas e instalação dos bancos. Nesta época, o número de pessoas que trabalham na organização passa de 150 para 250.
Apesar do planejamento, o congestionamento começa logo de madrugada no entorno do Parque 18 de Maio – área de 18 hectares onde acontece o evento. Lotações, carros particulares, motos e outros tipos de veículos se misturam a vendedores e carroceiros, formando um verdadeiro caos, principalmente nas primeiras horas de funcionamento da feira, quando as mercadorias estão sendo transportadas paras os pontos de vendas.
Entre os que fazem o percurso toda semana está o toyoteiro Edvaldo Geraldo do Nascimento, 30 anos. Na última terça-feira, ele enfrentou um engarrafamento de cerca de duas horas na Avenida Lourival José da Silva ao tentar transportar mercadorias dos passageiros que trouxe do município de Jataúba, a cerca de 90 quilômetros de Caruaru. “Acho que o engarrafamento está grande assim por causa das festas de fim de ano. Trabalho na feira de Santa Cruz do Capibaribe, na segunda-feira, mas a de Caruaru é a maior”, disse ele. O motorista cobra R$ 20 de cada passageiro e todos voltam com ele no início da tarde.
No meio da confusão, pessoas como Joseane Maria da Silva, 25 anos, expõem suas mercadorias. Desempregada e mãe de três filhos, ela encontrou a sobrevivência no comércio de confecções e na terça-feira passada foi vender na Feira da Sulanca pela primeira vez. “Minha irmã e meu irmão já trabalham com confecções e me chamaram. Pego meias por R$ 0,50 e vendo por R$ 1. Estou confiante nas vendas para o Natal”, contou Joseane da Silva, que mora em Bezerros, distante 30 km de Caruaru.
DIVERSIDADE – Esse comércio formiguinha se multiplica com outros ambulantes e bancos maiores na parte central da feira, onde os compradores estão livres dos carros e das carroças. Nos estreitos corredores, milhares de pessoas compram todos os tipos de confecções: jeans, roupa de bebê, moda feminina e infantil, além de produtos de cama, mesa e banho.
Além da diversidade, o preço é o principal atrativo. Uma blusa feminina pode sair por R$ 5 e uma camisa masculina por R$ 6. Josefa Barbosa dos Santos, 47, veio de Belo Jardim, a cerca de 50 km, como faz todas as semanas, e comprou cinco camisas por R$ 30 para revender na sua loja. “Compro cerca de 50 peças por feira, mas a quantidade vai depender das minhas vendas na loja. Acho que em dezembro melhora mais, como todo ano”, destacou. Além de Caruaru, ela também visita a feira de Toritama, que, junto com Santa Cruz do Capibaribe, formam o Pólo de Confecções do Agreste.
Outros setores da Feira de Caruaru, como o de artesanato e o de produtos importados, também se beneficiam com o movimento. A Feira de Importados já começa a registrar um aumento de vendas com o comércio de produtos natalinos, como árvores de Natal e enfeites. Neste setor, o visitante pode comprar uma árvore de um metro por R$ 15 ou uma de um metro e meio por R$ 30. Se a compra for em grosso, o preço pode cair.
“Trabalho com produtos de época. O movimento ainda não está o esperado, mas no final de ano sempre reage. As pessoas aproveitam a Feira da Sulanca para comprar produtos de Natal”, disse o comerciante José Marcos da Silva, 31 anos, que há 10 anos trabalha na Sulanca e mora em Gravatá, distante 80 km. Outro que ganha com a feira é o carregador José Manoel da Silva, 49. Ele vive do serviço há 20 anos e cobra entre R$ 5 e R$ 8, dependendo da distância.
Fonte: Jornal do Commercio
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