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Na ponta do lápis

17 de janeiro de 2007

 

Contra números não há argumentos. Existem leituras. Uma, duas, três, várias. Os números da situação financeira do estado estão sendo lidos sob duas óticas. O governo anterior diz que deixou as finanças ajustadas, que deixou saldo em caixa. A administrção que assumiu diz que herdou um déficit de R$ 255,1 milhões. Do ponto de vista dos números, as duas informações estão corretas. Como? De fato, ao entregar o governo, a Conta Única do Estado estava com um saldo positivo de R$ 109,7 milhões. Em contrapartida, deixou despesas previstas de R$ 312,5 milhões. Se Eduardo Campos fosse pagar todos os compromissos no momento que recebeu o governo, as contas ficariam no vermelho. Só que tais compromissos não são de pagamento imediato. Na guerra dos números, cada um que puxe a brasa para sua versão. Claro que não se pode contar os recursos carimbados dos convênios como dinheiro livre para outras despesas, já que os valores têm destino certo. Então, a realidade está alguns milhões abaixo do que foi alardeado. Mas daí a dizer que as contas estão desequilibradas já é uma visão distorcida dos números. Hoje, o governo tem como garantir e cumprir o compromisso de honrar com a folha de pagamento. Ainda com as medidas de contenção de despesas anunciadas ontem, pode ajustar mais a administração. Como disse o próprio Eduardo Campos, agora é olhar para frente. E construir bons números para o futuro.

Que visão!


Que ninguém duvide da capacidade de enxergar bem do governador Eduardo Campos. Literalmente. Ontem, na apresentação da situação financeira de Pernambuco, Campos leu, sem dificuldade, os números – de um tamanho dos usados em exame oftalmológico – que estavam distantes pelo menos uns 20 metros. Enquanto alguns, de óculos, apertavam os olhos para visualizar os valores.

Fonte: Diário de Pernambuco

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