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Mudanças na declaração do IR são criticadas

8 de fevereiro de 2007

 

As novidades sobre o pagamento do Imposto de Renda anunciadas pela Receita Federal, para este ano, não devem facilitar tanto a vida do contribuinte. Segundo especialistas de contabilidade e orientação fiscal, as mudanças não resolvem o problema da tributação no País. Dentre as modificações, estão a expansão do parcelamento do imposto a pagar, de seis para oito vezes, a atualização da tabela em 7,5%, deixando isentos aqueles que recebem até R$ 14.992,32 por ano, e a dedução da contribuição ao INSS para empregados domésticos. Ao todo, 23,5 milhões de pessoas deverão enviar o documento à Receita, entre os dias 1° de março a 30 de abril, sendo esperados 590 mil em Pernambuco.

As novidades também incluem a educação, cuja dedução máxima por dependente é de R$ 2.373,84, mas a medida é alvo de críticas. “A despesa anual com a educação dos dependentes é muito acima desse valor. O abatimento deveria ser integral, como acontece com a saúde”, comentou o economista Josué Mussalém.

Para quem tem impostos a pagar, os cuidados devem ser redobrados, pois o parcelamento em até oito vezes pode sair caro. “O contribuinte deve lembrar que, sobre o valor, incidirá a taxa Selic”, disse o diretor financeiro e sócio da NK Contabilidade, Alexandre Kita, que critica ainda o abatimento da despesa referente ao INSS para domésticas. “O desconto é válido para um empregado e o valor é irrisório”, declarou Kita.

O assessor da Receita Federal em Pernambuco, Luiz Cireno, acha vantajosa a expansão do parcelamento. “Essa medida serve para aqueles que não têm condições de pagar em seis meses e aí ele não vai precisar recorrer a empréstimos a bancos e financeiras”, disse.

Fonte: Folha de Pernambuco

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