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Mudança de roteiro atrapalha resultados

28 de setembro de 2015

Além de atingir diretamente as contas de estados e municípios, a crise econômica instalada no país também reflete nas promessas feitas pelos candidatos eleitos na campanha de 2014. Em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) ainda não conseguiu tirar do papel propostas do seu programa de governo, incluindo obras estruturais que iriam ajudar o estado a melhorar os serviços oferecidos à população nas áreas da saúde, educação e segurança pública.

Para convencer o eleitor de que o socialista seria a melhor opção entre os demais concorrentes, a Frente Popular elaborou um programa de governo com quase 60 páginas. As propostas foram apresentadas em quatro eixos: qualidade de vida; desenvolvimento sustentável; desenvolvimento social e direitos humanos; e gestão participativa e transformadora. Todos os itens detalhados com diretrizes, projetos e programas para administrar o estado de 2015 a 2018.

Paulo Câmara foi eleito, mas a crise econômica mudou o roteiro traçado pelos socialistas. O governo entrou em compasso de espera e de buscar meios para manter os serviços essenciais funcionando, enquanto os bons ventos não voltam a soprar a favor do Brasil. Ao falar das dificuldades para executar o programa, o secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, ressaltou que os compromissos de Paulo Câmara são para serem cumpridos até o final da gestão. 

“Reafirmamos nossa intenção de cumpri-los. Infelizmente, face à crise provocada pelo governo federal, este ano e o próximo serão de retração da economia e isso nos obrigou a refazer nosso planejamento. Perdemos mais de R$ 1 bilhão de receitas até julho deste ano. A ordem é preservar as conquistas dos últimos anos e não fazer novas ações”, ponderou.

Para dar um exemplo dos efeitos da crise, Danilo citou o Programa Ganhe o Mundo, que promove o intercâmbio de alunos da rede estadual. Em abril, o governo cortou 384 vagas, enquanto o programa de governo prever uma ampliação para três mil vagas/ano. “Nós conseguimos preservar o orçamento (de R$ 30 milhões) do Ganhe o Mundo, mas tivemos que reduzir o número de alunos por conta da alta do dólar”, justificou o secretário. 

Em relação aos reajustes dos servidores e realização de concursos, Danilo explicou que o governo está impedido de incrementar a folha porque desde maio está acima do limite prudência (47,23%). Mesmo assim, segundo ele, Paulo Câmara convocou mil soldados para reforçar o policiamento que foram aprovados em concursos anteriores da Polícia Militar.

Fonte: Diario de Pernambuco

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