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Microcefalia: questão nacional

6 de dezembro de 2015

A presidente Dilma Roussef, em visita ontem ao Recife, disse que a microcefalia, anomalia observada em bebês e caracterizada pelo tamanho da cabeça menor que o normal, é atualmente um problema de dimensão nacional. No Brasil já são 1.248 casos notificados, dos quais mais da metade, 646, está em Pernambuco.

Diante dessa realidade, ela anunciou uma série de medidas para atender bebês e gestantes. Uma delas é a ampliação dos centros especializados em reabilitação. Serão implantados mais 89, que vão se somar aos 125 já existentes. “Não é uma questão de pânico, mas de grande atenção. A microcefalia está se caracterizando em uma preocupação nacional. Já são 16 Estados com casos suspeitos e a cada dia aumenta mais. É um problema que afeta nossas crianças, que são o futuro do País”, destacou a presidente durante lançamento do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, na sede do Comando Militar do Nordeste, bairro do Curado, Zona Oeste do Recife.

O combate ao Aedes aegypti é a principal ação, uma vez que o mosquito é o causador da zika, doença que está associada à microcefalia. O inseto também é o responsável pela dengue e chicungunha. Terça-feira, às 16h (horário local), em Brasília, Dilma Roussef vai se encontrar com os governadores dos 26 Estados da federação e do Distrito Federal, além de representantes das associações de prefeitos. “É preciso uma mobilização nacional, uma ação de guerra contra o mosquito. Temos que desenvolver ações permanentemente.

Vamos montar uma força federal de ataque ao zika, com envolvimento de todos os nossos programas e dos governos estaduais e municipais”, enfatizou a presidente. Além de aumentar a rede de reabilitação para os bebês, o governo federal vai ampliar a cobertura de tomografias e apoiar a criação de centrais regionais de agendamento dos exames. Segundo especialistas, a tomografia é imprescindível para confirmação do diagnóstico de microcefalia e avaliação do grau de comprometimento do cérebro.

Outra ação importante será a realização de exames para identificação do vírus zika em todos os 27 Laboratórios Centrais de Saúde Públicas Estaduais. Atualmente, o teste é feito apenas no Instituto Evandro Chagas, no Pará. Também haverá capacitação de profissionais de diversas áreas (saúde, educação, assistência social, entre outros), campanhas educativas, distribuição de inseticidas e larvicidas, página na internet e aplicativo de celular com informações sobre microcefalia e zika.

VACINA

Dilma Roussef afirmou que haverá incentivo para realiza- ção de pesquisas que ajudem no desenvolvimento de tecnologias e vacinas voltadas ao combate ao mosquito transmissor da dengue. “O primeiro eixo é o combate ao Aedes aegypti. O segundo é incentivar a pesquisa. No Instituto Butantã, em São Paulo, está sendo testada uma vacina que poderá imunizar contra a dengue. Mas até que seja comercializada, o que pode demorar um, dois, três anos, temos que fazer uma grande mobilização para evitar a reprodução do mosquito”, ressaltou a presidente.

O terceiro eixo é o reforço para atendimento às pessoas infectadas ou com microcefalia. Para desenvolver as ações, o governo federal vai instalar a Sala Nacional de Coordenação Interagências, no Ministério da Integração Nacional, em Brasí- lia. Segundo a petista, haverá ainda salas estaduais que contarão com as secretarias locais de Saúde, Educação, Segurança Pú- blica, Assistência Social e Defesa Civil, além das forças armadas.

A proposta é que esses comitês articulem juntos as ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chicungunha e do vírus zika. Participaram do encontro no Recife o ministro da Saúde, Marcelo Castro; o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi; o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro; o governador de Pernambuco, Paulo Câmara; o vice-governador Raul Henry; o senador Humberto Costa; e os deputados federais Zeca Cavalcanti (PTB), Luciana Santos (PCdoB) e Eduardo da Fonte (PP).

Fonte: Jornal do Commercio

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