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Mercado tem fortes perdas

28 de outubro de 2014

Brasília – Os presságios pessimistas sobre o comportamento da bolsa e do dólar em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) enfim se confirmaram. Poucas horas após a decisão das urnas que deu a vitória apertada da petista sobre o senador Aécio Neves (PSDB), o mercado financeiro já dava sinais de que a segunda-feira seria de fortes perdas para as principais empresas brasileiras. Não por acaso, a Bolsa de Valores de São Paulo derreteu e a moeda norte-americana chegou a alcançar, durante o dia, o maior patamar em nove anos.

Nem havia amanhecido no Brasil quando, do outro lado do mundo, na bolsa de Tóquio, no Japão, o índice financeiro que reflete o desempenho do pregão de São Paulo já indicava perdas superiores a 7%. Horas depois foi a vez de Nova York, nos Estados Unidos, levar apreensão aos investidores da maior empresa brasileira, a Petrobras. Antes mesmo da abertura formal daquele mercado, os certificados de posse de papéis companhia (Adrs, na sigla em inglês) eram negociados com perdas de 15%.

No pregão brasileiro o comportamento foi parecido. Numa espécie de pré-mercado, onde os investidores realizam leilões de ações, os negócios indicavam fortes perdas para a estatal do petróleo e para demais companhias do chamado “kit eleição”, justamente aquelas que teriam o desempenho mais afetado num segundo mandado da presidente Dilma Rousseff.

A Petrobras, mais uma vez, liderou as perdas da bolsa. Os papéis da estatal afundaram 12%, atingindo o pior patamar desde novembro de 2008. Outras empresas também afetadas pela condução da política econômica do governo, como as distribuidoras de energia, também sofreram com a volatilidade dos mercados. A Eletrobrás teve perdas de 10,2%, seguida da estatal de Minas Gerais, Cemig, com queda de 8,7%. No final do dia, a Bovespa fechou com queda de 2,77%.

Mais uma vez, o movimento de vendas na bolsa resultou numa maior procura pelo dólar, com investidores buscando proteção em ativos não sensíveis a uma piora do quadro interno, após a reeleição da presidente. Durante o pregão a busca pela moeda norte-americana chegou a elevar a cotação em 4,21%, para R$ 2,560 – a maior alta desde 2005. Ao longo do dia, esse movimento de busca pelo dólar perdeu intensidade. Assim, no fechamento, a moeda desacelerou a alta para 2,8%, aos R$ 2,526 na venda. Mesmo assim, é maior cotação desde 2011.

Fonte: Diario de Pernambuco

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