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Mansur controlava braço dos negócios no exterior
17 de agosto de 2006
O próprio empresário Marco Antônio Mansur controlava o braço dos negócios em Miami, de acordo com a PF. Ele importava computadores, carros, material cirúrgico, equipamentos gráficos e CDs por preços subfaturados. As empresas que intermediavam as compras nos EUA, a All Trade e Feca, e remetiam o material para o Brasil eram teleguiadas pelo empresário, diz a PF.
“Há provas documentais de que o grupo MAM controlava essas duas empresas nos EUA”, disse o delegado da PF Paulo Vibrio Jr., que iniciou as investigações sobre Mansur em Paranaguá (PR) há dois anos. Havia uma terceira empresa nos EUA que maquiava os preços, chamada System Trade Corp. Num exemplo hipotético, a Feca adquiria um computador por US$ 1.000 em Miami e o enviava para o Brasil como se tivesse pagado US$ 500 por ele. A diferença era enviada aos EUA por meio de doleiro ou de conta CC5 (criadas para quem precisasse fazer remessas legais). As notas de importação com os valores subfaturados eram falsificadas no Brasil.
As empresas de Mansur já haviam sido apanhadas em outras três operações da PF, entre as quais a Narciso, que resultou na prisão de Eliana Tranchesi, dona da Daslu. Ele morou no Paraguai e foi casado com uma filha do ditador Alfredo Stroessner, que morreu ontem.
Nove funcionários da Receita e um do Ministério do Desenvolvimento foram presos, sob acusação de facilitar as fraudes. Em Santa Catarina, a PF prendeu o consultor técnico Aldo Hey Neto, criador de um programa de incentivo a exportações. A PF diz ter provas de que o consultor vendia ilegalmente esse benefício. O grupo MAM usufruía de benefícios do ICMS em Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo. Segundo o delegado Vibrio Jr., Mansur usava firmas de fachada para usufruir dos benefícios, que sumiam ao recolher o ICMS.
As empresas envolvidas na ação da Polícia Federal foram procuradas pela reportagem para se posicionar sobre as acusações de crime fiscal. A maior parte delas disse ainda estar prestando esclarecimentos às autoridades ou não quis se manifestar. Outras empresas negam.
As companhias procuradas tiveram o nome citado pela PF na lista de investigados ou estão envolvidas no caso, apurou a reportagem. Procurada pela reportagem, a Shoptime – empresa da Lojas Americanas – informa que “tomou conhecimento do envolvimento de sua marca pela imprensa e que desconhece a informação de que algum de seus fornecedores esteja envolvido em atividade ilícita”.
A Daslu informou que “nunca fez negócios com a Opus Trading”, importadora que integrava um esquema de sonegação. A trading teria sido utilizada pela butique até meados de 2005. A reportagem não conseguiu localizar o advogado de Mansur, que supostamente atuava como chefe do esquema em São Paulo.
Fonte: Diário de Pernambuco
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