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Lula sinaliza com reforma sindical e trabalhista em 2007
6 de abril de 2006O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu ontem um fórum qualificado para, pela primeira vez neste ano eleitoral, afirmar que as reformas trabalhista e sindical são inadiáveis em 2007. Durante solenidade de abertura da Semana Internacional de Construção e Iluminação, disse, a empresários e dirigentes sindicais desses setores, estar convencido de que ambas as reformas são o próximo passo que nós temos que dar.
Apenas começamos um processo de desobstrução ao desenvolvimento da construção civil no país. Obviamente que tudo isso vai ter que ser combinado mais à frente, numa diminuição da informalidade dos trabalhadores, para que a gente possa dar mais trabalho com Carteira Profissional assinada, portanto, mais estabilidade. É isso, obviamente, que leva vocês a ajudar a fazer o trabalho que é preciso fazermos, primeiro, a reforma da estrutura sindical, que está no Congresso Nacional, e a reforma da legislação trabalhista, que precisa ser adequada ao século XXI, e não ficar com resquícios da metade do século XX.
A exemplo da campanha eleitoral de 2002, na qual os petistas se apresentavam como os únicos capazes de mexer na legislação sindical e trabalhista do país, Lula ontem sinalizou que um consenso pode ser obtido se o trabalho que o governo, ao seu ver, vem fazendo, de intermediar o diálogo entre as partes envolvidas, puder continuar sendo feito. (A reforma é) plenamente possível fazer se nós continuarmos sentando, empresários, trabalhadores e governo, sem a pergunta ou a insinuação de quem vai ganhar. Só tem um que precisa ganhar: é o país. Se o país ganhar, ganharão os empresários, ganharão os trabalhadores e ganhará o governo. É por isso eu estou convencido que esse será o próximo passo que nós temos que dar.
Encaminhada ao Congresso em março de 2005, a reforma sindical acabou barrada pela crise política. Antes, havia sido discutida por um ano e meio no Fórum Nacional do Trabalho, instância criada em 2003 pelo governo para debater as reformas sindical e trabalhista, que não chegou a sair do papel. O setor de construção civil emprega atualmente cerca de 1,4 milhão de trabalhadores com carteira assinada. Trata-se do sexto segmento da economia que mais emprega no país, atrás da agropecuária, comércio, serviços prestados à família (como saúde e educação), setor público, e serviços privados não-mercantis (empregadas domésticas, por exemplo).
Em seu discurso, Lula aproveitou para cobrar do Congresso votações de projetos, em especial do Orçamento. Para ele, os congressistas não podem deixar que o clima eleitoral prejudique o país. Se o Orçamento tivesse sido votado no ano passado, nós já teríamos colocado mais R$ 4,3 bilhões na educação brasileira, que é o Fundeb. Como o Orçamento não foi aprovado, nós não colocamos quatro meses desse dinheiro na educação brasileira. Então vejam, não é porque tem um ano eleitoral que as pessoas acham que, prejudicando o Brasil, vão prejudicar o governo. Por que não votaram o Orçamento ainda? Ah, porque não podemos votar o Orçamento, porque não vamos dar dinheiro para o governo gastar, porque é um ano eleitoral. Ora, isso não está prejudicando o governo, isso prejudica este país. Eu espero que nesta semana votem.
Fonte: Site da Fenafisco
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