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Levantamento aponta variação

4 de setembro de 2006

 

A pesquisa da Strategy abrange cerca de 10% do mercado total de planos de saúde no país, mas, segundo a coordenadora do estudo, Raquel Marimon, tem dados mais detalhados que os divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Mas mesmo os dados da ANS sugerem uma variação forte da presença dos idosos entre os planos antigos e novos. De acordo com o Sistema de Informações de Beneficiários da agência, 2,4 milhões de idosos estão entre os 15,1 milhões de planos antigos – 15,8%.

  Nos 27,1 milhões de planos novos, os clientes com mais de 59 anos são pouco mais de 2 milhões, ou 7,3% do total. Para as operadoras, os idosos representam custos muito maiores que os jovens – entre cinco ou seis vezes na faixa dos 60 anos e, segundo estudo da própria ANS, até 10 vezes mais após os 70 anos. Daí a necessidade das mensalidades mais caras.

  “Infelizmente, quando a pessoa passa dos 60, 65 anos a cobertura é alta e o preço também. Se ela não for dependente de um filho, dificilmente consegue pagar”, reconheceo presidente da Associação Brasileiras de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida. E o preço alto, na opinião de órgãos de defesa do consumidor, é um sinal de adeus aos clientes mais velhos.

  “As próprias regras dos reajustes permitem uma concentração de aumentos nas últimas faixas etárias, o que funciona como um mecanismo de exclusão dos idosos”, reclama a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Daniela Trettel.

  Uma tentativa de reduzir esse problema foi adotada com o Estatuto do Idoso, aprovado em 2003, que proibiu reajustes por faixa etária acima dos 60 anos. Mas, como já era previsto na época, a reforma nas faixas e a eliminação das que iam de 60 a 69 anos e de 70 anos ou mais não impediu os acréscimos, apenas os antecipou – até porque foi criada uma faixa a partir dos 59 anos, o que driblou a regra.

Fonte: Diário de Pernambuco

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