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João Lyra Neto classifica nota de “precipitada”

16 de janeiro de 2007

 

Surpreendido com a nota dos ex-governadores Jarbas Vasconcelos e Mendonça Filho, o governo Eduardo Campos acionou o vice-governador João Lyra Neto (PDT) e o deputado estadual João Fernando Coutinho (PSB) para, também em texto enviado à imprensa, revidar os adversários. Lyra classificou de “precipitada” a nota divulgada pela gestão anterior, antecipando-se ao pronunciamento que a atual administração fará, hoje à tarde, sobre as finanças do Estado.

O correto seria esperar a divulgação dos dados e, encontrando algum informação errada, contestar”, avaliou o João Lyra, que vem cumprindo as tarefas políticas do governo (leia-se, o enfrentamento com os adversários).

Lyra Neto disse ainda que a divulgação do saldo da conta única poderia ter sido feita durante a fase de transição, antes da posse de Eduardo. “Como isso não aconteceu, restou ao governador Eduardo Campos fazer agora”, completou. João Fernando Coutinho, por sua vez, foi irônico ao comentar a nota de Jarbas e Mendonça. “Li de ponta a ponta as duas laudas do texto e fiquei sem saber quanto eles deixaram na conta única do Estado. É isso que Pernambuco vai saber amanhã (hoje)”, comentou.

Ainda no texto enviado pela assessoria da atual gestão, João Lyra destaca que a maior dificuldade para apurar a realidade financeira do Estado foi totalizar os restos a pagar. “Até hoje os técnicos trabalham no levantamento desses dados”, garantiu o pedetista.

Pela manhã, bem antes da reação jarbista, o governador Eduardo Campos afirmou que a decisão de abrir as contas do Estado veio como uma resposta à “demanda da imprensa e da sociedade” e reforçou que não tem interesse de gerar um ambiente de “terceiro turno”. Entretanto, não perdeu a oportunidade de dar novas estocadas nos antecessores. E não faltaram brechas, uma vez que ele conversou com a imprensa após receber no Palácio a diretoria da Caixa Econômica Federal, que foi negociar o pagamento dos R$ 318 milhões da dívida do Estado com a instituição, por conta de uma operação de antecipação de recursos para a Compesa.

Vocês viram a Caixa dizer a dívida de mais de R$ 300 milhões”, afirmou, se dirigindo aos jornalistas.

O governador também frisou que a área de habitação “ficou excluída durante anos no governo” e que “projetos para Pernambuco sequer foram discutidos”, quando, segundo ele, a instituição financeira disponibilizava recursos. João Lyra reforçou a queixa, dizendo que “há cinco anos o governo não operava com a Caixa”.

Fonte: Jornal do Commercio

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