Notícias da Fenafisco
Jarbas e Mendonça vão ao ataque na briga das finanças
16 de janeiro de 2007
Os jarbistas decidiram não esperar pelo anúncio oficial do quadro financeiro do Estado marcado para hoje no Palácio do Campo das Princesas. Entenderam que o governador Eduardo Campos (PSB) vinha alimentando, pela imprensa, a expectativa de um cenário negativo das finanças herdadas das gestões Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Mendonça Filho (PFL) e divulgaram, ontem, uma nota em que acusam o governador de permanecer no palanque eleitoral. O documento é forte. Diz que o atual governo vem tentando confundir a opinião pública – passando a “falsa” idéia de que Pernambuco enfrenta dificuldades financeiras – “como forma de encontrar um pretexto para o descumprimento das inúmeras promessas de campanha”. Veja ao lado a íntegra da nota assinada pelos governos Jarbas/Mendonça.
A antecipação dos jarbistas em responder ao adversário vinha sendo avaliada logo após o anúncio feito por Eduardo, na sexta-feira, de que sua equipe econômica concluía os dados financeiros para divulgá-los nesta terça-feira. A princípio, a orientação repassada pelo ex-governador Mendonça Filho era a de não entrar nesse debate político. Mas, diante das declarações do governador Eduardo Campos – de que o “cofre está apertado” e que “já sabia da pedreira que encontraria pela frente” –, os jarbistas resolveram sair da retaguarda. Mendonça foi interrompido, ontem, em seu retiro nos Estados Unidos, onde fica até março, para fechar os termos da nota oficial.
Primeiro, o grupo entendeu que deveria reafirmar os pontos repassados à equipe de transição de Eduardo. Entre eles, estão o montante disponível para investimento e o enquadramento do Estado nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme traz a nota. Mas o cunho político precisava ser dado ao documento. Já que, entendem os jarbistas, “é o atual governador quem demonstra não ter se contentado com a vitória eleitoral”. “Está evidente o trabalho de comunicação para anunciar algo que não condiz com a realidade. Nós só resolvemos esclarecer”, justificou um jarbista. “A ordem agora é não deixar nada sem resposta”, completou outro.
ASSEMBLÉIA – O polêmico tema das finanças também chegou, ontem, ao Legislativo estadual. O deputado Pedro Eurico (PSDB), que ocupou a liderança na Casa no governo Mendonça, defendeu a “regularidade fiscal” deixada pelo aliado. “Se tivessem encontrado uma situação de irregularidade (a atual gestão), teriam tomado medidas conservadoras, como decretar moratória ou reduzir a máquina. Mas esta Casa acabou de aprovar um pacote do Executivo que cria nove secretarias-executivas. Como podemos falar de herança maldita?”, questionou o tucano, na tribuna, depois que os deputados aprovaram o pacote do Executivo com cinco projetos, entre eles o que modifica a estrutura administrativa do Estado.
Ex-líder do governo na terceira e última gestão do ex-governador Miguel Arraes (1995/98) – avô de Eduardo –, Eurico ainda criticou a finalidade de algumas pastas. Segundo o parlamentar, quatro – Articulação Social, Desenvolvimento Social, Esportes e Juventude – possuem o mesmo foco de trabalho: os jovens. “A meu ver, há mais secretarias do que devia. Temos que ver a função de cada uma para não correr o risco de se transformarem em secretarias de articulação eleitoral”, ironizou, insinuando acomodação política na formação do primeiro escalão estadual.
Ex-líder da oposição ao governo Mendonça, o deputado Isaltino Nascimento (PT) – que trabalha para ser o líder do governo Eduardo – saiu em defesa do nova administração. “As secretarias que foram criadas já existiam informalmente. Eram vinculadas ao gabinete do governador e serviam como cabide de emprego. Agora, terão um papel definido”, rebateu, em conversa com a imprensa, após o discurso do tucano. Isaltino garantiu ainda que a quantidade e a remuneração dos cargos comissionados da atual gestão é a mesma da anterior. “Sobre a situação da regularidade fiscal que o deputado (Pedro Eurico) garantiu, o governador vai de fato mostrar a real situação amanhã (hoje)”, disse, sem adiantar números.
Fonte: Jornal do Commercio
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