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Jarbas e Mendonça acusam “manipulação”

17 de janeiro de 2007

 

A melhor defesa é o ataque. Foi valendo-se do velho provérbio que o governo Jarbas/Mendonça Filho (PMDB/PFL) rebateu a informação de que teria deixado um déficit de R$ 255 milhões nos cofres públicos. Em nova nota enviada à imprensa, a gestão anterior afirma que o governador Eduardo Campos (PSB) utilizou de “má-fé” para “manipular números e confundir a opinião pública”. O texto insiste que a atual administração pretende encontrar um “álibi” para o descumprimento de promessas de campanha, principalmente com relação aos reajustes salariais do funcionalismo.

Em sete tópicos, a resposta, intitulada “A verdade sobre as finanças do Estado de Pernambuco II”, enumera “falhas” no diagnóstico das contas públicas apresentado pela equipe de Eduardo Campos. O governo teria computado, no balanço, despesas que “não são líquidas e certas” e deixado de incluir receitas efetivas do mês de dezembro de 2006, que teriam ingressado no caixa do Estado no início de janeiro. Também não teria considerado receita os recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), que somariam R$ 120 milhões e já estariam nos cofres estaduais desde o último 10.

Segundo o texto, a gestão atual também teria “esquecido” as verbas disponíveis nas empresas estatais: “apenas na Compesa, Lafepe e Copergás o governo Jarbas/Mendonça deixou em caixa aproximadamente R$ 70 milhões”. A nota também insiste na polêmica sobre os recursos provenientes de convênios e contratos.

O governo atual finalmente reconheceu que existe um saldo de R$ 578 milhões em contratos de empréstimos para investimentos captados pelo governo Jarbas/Mendonça. Reconhece também que, do saldo de R$ 568 milhões em convênios com a União, já tem em caixa R$ 121 milhões. Portanto, o dinheiro existe e está em processo de liberação. É de estranhar, no entanto, a omissão do atual governo, que não computou o saldo de R$ 160 milhões do contrato da conta única. Somados, esses valores totalizam R$ 1,3 bilhão, conforme anunciado pela Equipe de Transição do Governo Jarbas/Mendonça”, ressalta o texto.

Os antigos governistas, no entanto, não se contentaram em retrucar os dados apresentados pela gestão, mas também criticaram posicionamentos anunciados pelo governador. “É preocupante a colocação do governo de que não investirá no Porto de Suape durante este ano. É temerário depender exclusivamente de recursos do Orçamento Geral da União. Com recursos próprios, em 2006, o então governo destinou cerca de R$ 50 milhões para Suape”, analisam.

Ainda de acordo com a nota, os valores negociados com a Caixa Econômica são fruto da venda de parte das ações da Compesa, em uma “operação aprovada pelo Tribunal de Contas da União, Senado Federal e Banco Central”, e a eventual devolução desses recursos seria “lesiva aos interesses de Pernambuco”.

A gestão Jarbas/Mendonça destacou ainda velhos temas da campanha para tecer uma análise sobre a situação financeira do Estado. “A gestão (Jarbas/Mendonça) equilibrou as contas públicas, tirando o Estado do fundo do poço, cumprindo todos os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, acabando com os atrasos na folha de pagamento, permitindo, enfim, que o governo atual receba o Estado em situação diferente daquela encontrada em janeiro de 1999”, alfinetam. “Déficit foi o que o governo Jarbas/Mendonça recebeu em 99. Mais de R$ 1 bilhão em valores de hoje”, encerra a nota.

Fonte: Jornal do Commercio

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