Pernambuco foi um dos destaques negativos dos índices de produ- ção industrial divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O Estado registrou uma redução no ritmo da indústria na ordem de 4,6% na comparação entre março e abril deste ano na série com ajuste sazonal. Na comparação com abril do ano passado, a queda é ainda maior: 8%.

Apesar de 13 dos 14 Estados pesquisados terem registrado números negativos, Pernambuco – ao lado de Amazonas (-5,1%), Bahia (-5,1%) e Ceará (-7,9%) – foi um dos destaques negativos, mostrando uma tendência de que a crise finalmente chegou ao setor produtivo do Norte e Nordeste. Paraná, com expansão de 1,4%, foi o único Estado que mostrou resultado positivo no mês, após registrar recuo de 2,4% no mês anterior. O Nordeste, aliás, registrou um recuo de 3,7% no comparativo mensal, uma queda mais intensa do que a nacional, de 1,2%.

Abril foi o terceiro mês consecutivo de recuo na produção industrial de Pernambuco, período em que acumula perda de 9,1%. Região Nordeste (-3,7%), São Paulo (-3,6%), Goiás (-2,1%), Rio Grande do Sul (-1,9%) e Pará (-1,8%) também apontaram quedas mais intensas do que a média nacional (-1,2%), enquanto Rio de Janeiro (-1,2%), Santa Catarina (-0,9%), Minas Gerais (-0,8%) e Espírito Santo (-0,5%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em abril de 2015.

No comparativo de abril com março, apenas as indústrias extrativas e de derivados de petróleo registraram aumento de produção, de 1,5% cada. Equipamentos de transportes foi o setor que mais sofreu neste comparativo, com retração de 8,5%. Máquinas e materiais elétricos (5,4%), indústria farmacêutica (5,3%), produtos de perfumaria (3,3%), veículos (2,5%), produ- ção de metal (2,5%) e metalurgia (2,4%) seguiram o compasso de queda, registrados também em março. No comparativo anual, as indústrias que mais diminuíram produção foram as de televisores (32,6%), medicamentos (-23,5%) e automóveis (-23,2%).

Fonte: Jornal do Commercio