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Indicações no ritmo conta-gotas

26 de dezembro de 2006

 

Ao contrário do que traçou para o anúncio do futuro secretariado, o governador eleito Eduardo Campos (PSB) imprimiu o estilo conta-gotas à divulgação do segundo e terceiro escalões. Dez dias depois de confirmar os nomes dos secretários, o socialista, por meio da assessoria de imprensa, informou ontem os escolhidos para gerenciar a Compesa, ligada à Secretaria de Recursos Hídricos e Articulação Regional. O engenheiro João Bosco de Almeida, futuro titular da pasta, vai acumular a presidência da estatal.

Os próximos diretores serão o engenheiro civil e advogado Luiz Moura de Santana (técnico), o funcionário de carreira da estatal Sérgio Torres (Administração) e os auditores fiscais Roberto Cavalcanti Tavares (Gestão) e Décio José Padilha da Cruz (Comercial). Os dois últimos trabalharam com Eduardo na Secretaria da Fazenda.

Atual diretor administrativo da Chesf, onde construiu carreira profissional, João Bosco já presidiu a Compesa e foi secretário de Infra-estrutura da terceira e última gestão do ex-governador Miguel Arraes (1995/98). “Bosco conhece como poucos a rede de abastecimento d’água do Estado”, definiu Eduardo, por meio de nota enviada pela sua assessoria, frisando que a acumulação das funções foi a forma encontrada para potencializar a experiência e o conhecimento técnico do indicado.

Antes mesmo de anunciar o secretariado, Eduardo priorizou o aumento da oferta e o melhor gerenciamento de água em Pernambuco como prioridades de governo. O programa Água para Todos tem o desafio de universalizar o abastecimento no Estado.

Hoje, Bosco e os diretores terão uma reunião com o atual presidente da Compesa, Luiz Gonzaga Perazzo, para serem repassadas informações sobre a estatal.

Antes da Compesa, apenas dois órgãos do segundo escalão tiveram seus indicados divulgados: Ranílson Ramos (PSB) para a Agência Reguladoda de Pernambuco (Arpe) e a deputada estadual não-reeleita Ana Cavalcanti (PP) para o Instituto de Recursos Humanos (IRH). Ambos foram divulgados no mesmo dia do anúncio do secretariado.

INDEFINIÇÃO – Candidato a vice na chapa do ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT), o deputado estadual Augusto César continua sem um caminho político traçado pelo futuro governo, depois de ter sido rejeitado pelos petistas para o Detran. Membros do próprio bloco trabalhista afirmam, em reserva, que o petebista não teria direito de reivindicar uma função, pois garantiu um mandato de deputado estadual para o filho – cujo nome é igual ao do pai – e ainda teve o espaço garantido na chapa majoritária do PT.

Já o nome do deputado estadual não-reeleito Roberto Leandro (PT) para a coordenação do Prometrópole ou a presidência da Companhia Estadual de Habitação (Cehab) gerou um desconforto ao grupo ligado à vereadora do Recife, Luciana Azevedo (PT). A petista, que é arquiteta, estava na lista dos cotados para a Cehab.

Fonte: Jornal do Commercio

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