Notícias da Fenafisco
Imposto corrói 5 meses de salário
25 de maio de 2006
Hoje é um dia emblemático para o sistema tributário brasileiro. Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que os cidadãos do País tiveram de trabalhar até hoje só para pagar tributos. A carga tributária do Brasil é tão elevada que compromete 39,72% da renda anual do trabalhador. Em comparação com os 365 dias do ano, é como se fosse um esforço de 145 dias ou 4 meses e 25 dias dedicado ao pagamento de impostos.
O sacrifício do brasileiro não é somente elevado, como vem crescendo ao longo dos anos. Na última década, a quantidade de dias trabalhados necessários para o pagamento de tributos cresceu continuamente, ficando estagnada apenas entre 1996 e 1997. Há 10 anos, eram necessários dedicar 100 dias de serviço para honrar os compromissos com impostos e contribuições. No ano passado, o brasileiro trabalhou 140 dias para o governo, pois destinou 38,35% da renda para pagar tributação sobre rendimento, consumo, patrimônio e outras fontes.
Por outro lado, o IBPT acredita que em 2007 o número de dias trabalhados para quitar os tributos será menor ou igual ao deste ano. O motivo é que não houve elevação da carga tributária ao longo deste ano, até o momento, e não há previsão de elevação.
Em outros Países, como Suécia, a dependência é de 185 dias. “São 40 dias a mais que o Brasil, mas os serviços públicos na Suécia são de ótima qualidade”, ressalta Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT. Na França, país que também oferece serviços públicos de melhor qualidade do que o Brasil, os contribuintes precisam trabalhar 149 dias para pagar os tributos, apenas quatro dias a mais do que os brasileiros.
SERVIÇOS – Se for considerar que o brasileiro precisa ir ao setor privado pagar por serviços que deveriam ser ofertados adequadamente pelo poder público, o número de dias trabalhados para o governo sobe. “A partir de amanhã, começa a independência dos tributos, mas começa o período de trabalho para pagar serviços privados em substituição aos públicos”, observa Amaral.
Por causa da ineficiência do governo na manutenção de serviços como saúde, educação e previdência, a escravidão do contribuinte acaba apenas no dia 25 de setembro. A partir de então é que o brasileiro da classe média começa a trabalhar para comer, se vestir, se divertir, adquirir bens e fazer alguma poupança.
Além da fome em arrecadar mais tributos, a ineficiência do poder público também vem crescendo ao longo dos anos. Uma família da classe média que recebe entre R$ 3 mil e R$ 10 mil comprometia 7% da renda para pagar por alguns serviços essenciais na década de 70. Em 2006, esse índice subiu para 31%. A conta também inclui despesas feitas com pedágio ou frete (pago de forma indireta pelo contribuinte). Ou seja, são necessários mais 113 dias de trabalho no ano para pagar por serviços privados.
Fonte: Jornal do Commercio
Mais Notícias da Fenafisco
Fenafisco debate impactos da PEC 66/2023 em reunião com a Pública
A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital – Fenafisco, representada pelo diretor parlamentar Celso Malhani, esteve presente na reunião […]
Prêmio Congresso em Foco 2024: Fenafisco participa da cerimônia de premiação
Os parlamentares que mais se destacaram no fortalecimento da democracia neste ano foram premiados pelo Congresso em Foco 2024, em […]
Fenafisco participa de Audiência Pública promovida pelo CAE
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado realizou uma audiência pública sobre o tema “Tecnologia e Inovação na Reforma […]
Plano Real: Fenafisco participa de Sessão Solene em Homenagem aos 30 anos do Plano
No dia 1º de julho, o Plano de Estabilização Econômica, conhecido como Plano Real, completou 30 anos. Implementado em 1994, […]