Marca SINDIFISCO Sindicato do Grupo Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco

Notícias da Fenafisco

IBGE: sindicância deve durar 30 dias

21 de setembro de 2014

BRASÍLIA – O governo aproveitou o erro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados sociais para atacar os críticos. O posicionamento coube à ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, que concedeu ontem uma coletiva de imprensa organizada, sob ordens da presidente Dilma Rousseff, para comentar a versão corrigida da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad).

"É um aprendizado grande para o País, porque mostra que a avaliação de políticas públicas deve se focar em tendências. Todo mundo que se apegou a micro variações de 0,01 ponto para cima ou para baixo em um indicador, como o índice de Gini, errou também", disse Campello.

Já a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, após dizer que a presidente Dilma ficou "perplexa" com o erro, anunciou que poderão ser impostas medidas "funcionais" aos responsáveis, mas ressalvou que qualquer punição só ocorrerá, ao final das investigações, que deverão durar, pelo menos, 30 dias. Apesar de a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, estar sendo "fritada" pelo Planalto, Miriam não quis anunciar sua provável saída e não quis falar em perda de sustentação política dela no cargo.

A ministra do Planejamento admitiu que o caso ganha contornos políticos sérios por conta do período eleitoral. Faltam apenas 15 dias para o primeiro turno. "Acho que o período eleitoral aumenta a amplitude das coisas", disse.

A ministra Teresa Campello, ao fazer referência ao ponto mais popular da Pnad, o índice de Gini, explicou que este indicador mede a desigualdade de renda domiciliar. Na versão original da Pnad 2013, divulgada na quinta-feira, o índice apresentou uma leve elevação da desigualdade no Brasil entre 2012 e 2013, quando o indicador passou de 0,496 para 0,498 (quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade). Mas os dados estavam errados. No dia seguinte, sexta-feira, os dados verdadeiros indicaram pequena queda na desigualdade, para 0,495. Quanto mais próximo de zero, menor é a desigualdade.

Fonte: Jornal do Commercio

Mais Notícias da Fenafisco