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Hora de pensar no futuro

22 de junho de 2015

Com as mudanças nas regras para aposentadoria do INSS, as seguradoras de previdência privada enxergam um grande potencial de crescimento de seu mercado, hoje estimado em 12% para o ano. Sempre que há alterações no regime de aposentadorias, o trabalhador começa a vislumbrar um acréscimo em seus rendimentos depois que pendurar as chuteiras. É aí que entra o interesse dos fundos privados.

São os planos privados que podem servir de alternativa para ganhos melhores na aposentadoria. Vale lembrar que, independentemente de seu salário, se você não tiver uma aposentadoria complementar e se aposentar hoje, vai ganhar, no máximo, R$ 4.663,75.

“A pessoa precisa observar que acaba enfrentando defasagem do benefício ao longo do tempo, pois a aposentadoria (pelo INSS) não é corrigida na mesma proporção que o salário mínimo e nem sempre seu reajuste vence a inflação”, argumenta Osvaldo Moraes, operador da Multinvest Capital. “Quem se aposentou em 2000 com 10 salários mínimos, hoje em dia recebe bem menos”, complementa.

Aqueles trabalhadores que estão em empresas que possuem plano de previdência complementar devem procurar os produtos, geralmente mais atraentes em relação àqueles oferecidos no mercado de varejo.

“Os planos de empresas são mais vantajosos porque quanto maior o vigor financeiro tem um produto, mais vantagens ele tem. É a lógica do mercado”, explica o corretor Clemon Alves da Moreira Alves Corretora.

Acontece que nem todo mundo tem uma renda para conseguir entrar no plano da empresa. Essas pessoas, portanto, devem procurar produtos como o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL), que são adaptá- veis a qualquer idade e ao plano de aposentadoria complementar pretendido, com algumas diferenças entre os dois. “Nesse caso, a pessoa tem de avaliar seus interesses para decidir qual o melhor plano para seu perfil. Eu sempre recomendo às pessoas procurarem uma seguradora, pois os bancos oferecem PGBL e VGBL, mas cobram custos altos como taxa de carregamento que pode chegar a 3% do valor investido, além das taxas de administração mais altas”, comenta Osvaldo Moraes.

Um dos motivos de os bancos oferecerem planos de previdência privada mais caros é justamente a pouca concorrência entre eles e a chamada “empurroterapia” dos gerente dos bancos, que para bater metas, oferecem planos que nem sempre são vantajosos para os clientes, mas sempre bons para bater metas.

“Os bancos tem rede maior e produtos de prateleira. As seguradoras oferecem plano melhor porque têm corretores que vão procurar oferecer o melhor plano para cada perfil de cliente”, diz.

Operar com o banco de confiança dá a sensação de segurança, afinal de contas, o dinheiro investido só será aproveitado décadas mais tarde. Sobre essa questão, é bom salientar que as aplicações em PGBL e VGBL, assim como acontece com os bancos, são depositadas em fundos administrados por seguradoras e que possuem CNPJ próprios. Portanto, mesmo que o cliente aplique seu dinheiro através de um banco, quem tem responsabilidade sobre o patrimônio é a empresa administradora. 

 

Antes de mais nada, compare as taxas

Entre as principais seguradoras que oferecem planos personalizados estão a Icatu, Sul América, Mapfre e outras. Ao decidir escolher um plano de previdência privado, portanto, o cliente deve primeiro avaliar as taxas que serão cobradas para escolher a melhor operadora.

Os fundos cobram taxas de administração que variam de 0,5% a 2% sobre a rentabilidade. Os bancos, por sua vez, cobram a taxa de carregamento, que serve para remunerar a instituição em relação às suas próprias despesas administrativas.

Depois de escolher o serviço mais barato, é preciso averiguar que tipo de plano que mais se adapta ao seu perfil de renda. Para as pessoas que têm que prestar contas com o Imposto de Renda, a melhor escolha é o PGBL, que permite dedução da contribuição na declaração do IRPF. Já o VGBL, é indicado para pessoas que fazem a declaração simplificada de IR, para profissionais liberais e também para aqueles que já contribuíram com 12% no PGBL e já atingiu esse limite de dedução no Imposto de Renda.

Como a lógica dos benefícios levam em consideração o tamanho da contribuição sobre o tempo, para qualquer trabalhador a maior vantagem é tirada quanto antes for iniciada a contribuição no plano de previdência privada. “Quanto mais jovem se come- ça, menor o valor da contribui- ção mensal”, diz Clemon Alves. Ele diz que para entregar o cálculo do benefício futuro, que vai render uma renda extra além do INSS, precisa combinar a idade da pessoa, com o valor de sua renda e o valor de aposentadoria pretendido. “A pessoa pode dizer pra mim que quer contribuir com R$ 1.000 durante 25 anos, com isso eu direi qual será a renda no futuro. Se ele quiser uma renda de R$ 10 mil de aposentadoria aos 60 anos, eu terei de calcular o quanto será a contribuição e por quanto tempo”, explica.

CUIDADOS

Como em qualquer contrato, a aquisição de uma previdência privada exige atenção. É seu futuro que está em jogo. Portanto, ao adquirir um PGBL, deve-se atentar à taxa de carregamento do plano e à taxa de administração do fundo onde os recursos estão sendo investidos. Os custos decorrentes destas taxas podem “comer” os ganhos decorrentes do benefício fiscal. Outra dica: o benefício fiscal só é válido para aqueles que têm renda tributada na fonte e declaram o IR pelo formulário completo. Para quem possui dí- vidas, deixar de pagá-las para investir em PGBL ou qualquer outro investimento, equivale a prejuízo certo. (L.S.) 

 

Fonte: Jornal do Commercio

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