Notícias da Fenafisco
Hora de mudar de atitude
22 de setembro de 2014O dia 22 de setembro é a data escolhida para movimentar ações em todo o mundo que estimulem o debate sobre o uso excessivo de veículos nas grandes cidades. No Recife, as discussões pertinentes ao Dia Mundial Sem Carro ainda engatinham em uma cidade que tem um aumento mensal de dois mil veículos em média. Por um lado, peca-se pela omissão de programações oficiais, esvaziando o debate na esfera pública. Por outro, sobram carros nas ruas. O Recife foi considerado a mais congestionada entre as capitais brasileiras, segundo pesquisa realizada pela empresa de tráfego Tom Tom. O estudo, publicado no início deste mês, indicou que 60% das vias recifenses ficam paradas nos horários de pico, enquanto em São Paulo esse percentual cai para 45% de retenção de tráfego nas horas de maior movimento. Algumas iniciativas individuais apontam que o recifense, ainda que de forma tímida, está acordando para a necessidade de deixar o carro na garagem e começar a apostar em modais coletivos e ambientalmente sustentáveis para realizar suas atividades cotidianas. O Diario conta histórias de quem acreditou ser possível abrir mão do conforto em prol de uma cidade menos hostil. E você?
Recife pela janela do ônibus
A necessidade de contenção de gastos foi o impulso libertador para descobrir um novo Recife. É com essa frase que o professor universitário Alexandre da Maia justificou a mudança de modal – carro por ônibus – no início do mês de setembro. “Enquanto dirigia, ficava alheio à cidade. As pessoas, as vidas que ali circulam e que por mim passam diariamente, isso tudo é percebido agora, no caminho entre Casa Forte, onde moro, e a Boa Vista, onde trabalho”, conta. Para ele, enquanto no ônibus há a possibilidade de ler e de observar as possibilidades da cidade, no carro o único sentimento possível é o estresse. A pé também se chega lá
Os amigos do designer Cláudio Tavares de Mello até tentam convencê-lo a mudar de modal para chegar ao trabalho. Mas ele não troca por nada a sua caminhada de cerca de 6km, da sua casa, no Parnamirim, até a Ilha do Leite. Segundo Cláudio, tudo começou há três anos, quando tinha que deixar as filhas no colégio, no bairro das Graças. “Naquela época o trânsito já era ruim nessa região. Percebi que era melhor deixar o carro no colégio da crianças e seguir a pé. Desde então optei por caminhar.
Para fugir do trânsito
Foi preciso passar por uma situação de tensão para que o funcionário dos Correios, Rimauro Cabral Costa, 41 anos, não quisesse mais pegar as chaves do carro antes de ir trabalhar pela manhã. Os longos congestionamentos na Rua Imperial, com constantes arrastões, lhe renderam um revólver na cabeça e um trauma do trânsito do Recife. Por morar em Jardim São Paulo e trabalhar na Avenida Guararapes, sempre teve o metrô como opção óbvia. Hoje gasta 35 minutos. O carro ficou para lazer.
Sem carro todo dia
Quando o defensor público Guilherme Ataíde Jordão, 30 anos, decidiu em 2011 experimentar a bicicleta para fazer o percurso de casa, na Madalena, até o trabalho, na Boa Vista, não imaginava o que o mundo sobre as duas rodas poderia lhe proporcionar. A aposta nesse modal foi, inicialmente, uma alternativa esporádica para desestressar dos constantes engarrafamentos que lhe rendiam, só na ida, 1h10 no trânsito. “Foi um processo gradual. Fui superando as dificuldades e os desafios de andar de bicicleta pela cidade e aumentando a frequência. Até que em 2012 resolvi adotar de vez a bike como meio de transporte. Em fevereiro do ano passado, vendi meu carro”, conta Guilherme, que hoje percorre 4km, de casa ao trabalho, em 15 minutos.
Fonte: Diario de Pernambuco
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