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Greve resulta em mil contêineres retidos

1 de junho de 2006

 

Cerca de mil contêineres estão retidos no Porto de Suape devido à greve dos fiscais da Receita Federal, que vai completar um mês no próximo sábado. Pelo menos 20 empresas locais foram prejudicadas com a paralisação porque deixam de importar matéria-prima ou porque não podem enviar os seus produtos para o exterior, segundo informações do Centro das Indústrias do Estado de Pernambuco (Ciepe), que é ligado à Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco.

Ainda esta semana devemos dar entrada num mandado de segurança pedindo a liberação de matérias-primas e de produtos que serão exportados por empresas instaladas no Estado”, afirmou o secretário executivo do Ciepe, José Aristófanes Pereira. O grupo de empresas que vai acionar a Justiça é formado por 20 empresas.

A greve fez com que a falta de matéria-prima provocasse a redução da produção de algumas fábricas. Várias empresas já deram entrada em mandados de segurança para retirar produtos importados que são usados como matérias-primas. A Acumuladores Moura quase parou a sua linha de produção e só conseguiu retirar a matéria-prima do Porto de Suape com um mandado de segurança determinando a liberação da carga.

Na atual situação, o mandado de segurança é a única maneira de retirar a carga, seja ela importada ou a exportar”, comentou o advogado do escritório de advocacia Veirano Advogados, Ricardo Dalle. Somente esse escritório já conseguiu 13 mandados de segurança para empresas liberarem a carga retida com a paralisação.

Dalle afirmou que em todos os casos, no qual o escritório atuou, as empresas conseguiram retirar a mercadoria, no máximo, 24 horas depois da decisão do juiz.

O advogado lembrou também que a greve da receita está trazendo outras despesas para o setor produtivo local, como o pagamento de taxa de armazenamento, perdas de mercadoria e custos causado pela paralisação das máquinas.

Algumas empresas estão, segundo o advogado, quebrando os contratos de exportação, que estabelecem um determinado prazo para entrega dos produtos. Essa quebra do contrato também pode gerar mais despesas, já que as empresas podem ser multadas.

Isso também gera uma desconfiança quanto a credibilidade das companhias cumprirem as datas fixadas nos contratos, o que significa perda de competitividade”,disse um empresário local, que preferiu não se identificar.

EQUIPAMENTOS – A fábrica de resina PET do grupo italiano Mossi & Ghisolfi (M&G), que está sendo implantada em Suape, também está com equipamentos presos no Porto de Suape devido à greve da Receita Federal. A unidade deve começar a funcionar em setembro próximo.

A assessoria de imprensa da M&G informou que, por enquanto, os equipamentos que estão retidos não vão atrasar o início da operação da fábrica. A assessoria também revelou que, se a greve da receita demorar muito, não sabe qual a providência que a companhia vai tomar.

A greve dos funcionários da Receita Federal ocorre porque eles desejam que seja implantado uma tabela progressiva para os salários dos auditores fiscais, que atuam em todos os portos e aeroportos.

Fonte: Jornal do Commercio

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