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Golden Cross pode descredenciar médicos

1 de dezembro de 2006

A Golden Cross poderá descredenciar em massa 1.800 médicos de 53 especialidades em Pernambuco. A intenção da empresa foi comunicada às entidades médicas e ao Ministério Público Estadual. A medida vai afetar 12 mil usuários associados no estado. A Golden apresenta como justificativa para cancelar os contratos com as cooperativas médicas, a redução pela metade do número de usuários no período de seis anos. A lei dos planos de saúde (Lei nº 9.656) só permite o descredenciamento da rede com a substituição por serviços equivalentes e o aviso prévio de 30 dias.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Mário Lins, diz que os médicos foram surpreendidos com a decisão da operadora. “É preocupante porque vai quebrar a seqüência de atendimentos, principalmente dos usuários com acompanhamento médico”, avalia. Lins destaca que os mais prejudicados são os clientes porque terão reduzida a oferta dos serviços. O Simepe fará uma assembléia junto com a Fecem (Federação das Cooperativas Médicas) para definir medidas legais contra o rompimento dos contratos assinados desde 1997.

A promotora de saúde do MPE, Ivana Botelho, confirmou que desde 2000 a Golden manifestou a intenção de descredenciar em massa os médicos associados às cooperativas. Na oportunidade, o MPE e as entidades de defesa do consumidor entraram no circuito e foi assinado um termo de ajuste de conduta, no qual a operadora se comprometeu com a manutenção da atual rede assistencial.

Recentemente, a Golden pediu ao MPE uma reunião com as entidades médicas para comunicar que não pode mais cumprir o termo de compromisso e o descredenciamento dos médicos. A operadora argumenta que tem uma rede própria para suprir a demanda dos usuários. Ivana pediu à empresa que apresente a documentação comprovando o número de usuários e a relação dos profissionais para substituir os atuais prestadores de serviço.

A Associação de Defesa dos Usuários de Planos de Saúde ameaça entrar com uma ação civil pública contra a Golden para assegurar o atendimento. A coordenadorajurídica da Aduseps, Marta Lins, alega que a operadora terá que cumprir o prazo de 30 dias previsto na lei e garantir o mesmo padrão de atendimento. O Diario procurou a Agência Nacional de Saúde Suplementar e a Golden Cross, mas não conseguiu contato.

Fonte: Diário de Pernambuco

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