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Gargalos à vista na saída da Via Mangue

12 de junho de 2014

A Via Mangue, corredor viário expresso que será liberado ao tráfego amanhã, com a presença da presidente Dilma Rousseff, terá outros gargalos além do Túnel Josué de Castro, no Pina, motivo de toda a descaracterização do projeto, agora uma via de mão única no sentido Centro-subúrbio. A saída da Via Mangue, no trecho em que ela se ligará às marginais dos Canais Setúbal e Jordão, em Boa Viagem, poderá provocar retenções no novo corredor, seja por erros de geometria do projeto ou, principalmente, porque é intenso o adensamento veicular das ruas e avenidas que receberão o novo tráfego – algo estimado em 29 mil veículos, o equivalente a 49% do volume de carros que hoje usam a Avenida Domingos Ferreira.

As retenções são esperadas. Nada comparado ao congestionamento simulado no caso da liberação da pista leste da Via Mangue no sentido subúrbio-Centro, devido ao afunilamento no Túnel Josué de Castro. Nas simulações feitas, o congestionamento se estendia até a Avenida Antônio Falcão, ou seja, por toda extensão da Via Mangue. Mas as retenções deverão acontecer. Em reserva, pessoas que estão envolvidas com o projeto reconhecem que o novo corredor representará um alívio no trânsito do Pina e de Boa Viagem por um tempo, mas não será a solução dos problemas como tem sido vendida pelas duas últimas gestões municipais do PT. Os gargalos serão inevitáveis.

A Avenida Fernando Simões é um dos trechos mais vulneráveis. A via representa a marginal oeste do Canal de Setúbal, passando em frente ao Hiper Bompreço e ao Shopping Recife, dois grandes polos comerciais que atraem um alto volume de veículos para o entorno. Para dificultar ainda mais, é uma rua estreita, com veículos estacionados dos dois lados. Embora o estacionamento seja proibido do lado esquerdo – por se tratar da margem de um canal – o desrespeito é proporcional à quantidade de carros que trafegam por ela. Os cruzamentos com vias transversais importantes para o sistema viário de Boa Viagem, como Bruno Veloso, Ribeiro de Brito e Ernesto de Paula Santos, pioram a fluidez da Fernando Simões.

Pelo estudo apresentado pela Prefeitura do Recife, 30% do tráfego que utilizará a Via Mangue deverão ter como interesse a região da Avenida Visconde de Jequitinhonha, 8% a Rua Antônio Falcão, 4% a Rua Ribeiro de Brito, 5% a Rua Barão de Souza Leão e 2% a Estrada da Batalha (esta ainda sem ligação direta com a marginal do Canal do Jordão e, consequentemente, com o novo corredor). "Nossa expectativa é que esses motoristas que querem chegar à região da Visconde de Jequitinhonha optem pela marginal do Canal do Jordão (Avenida Dom João VI). A via é mais ampla e está bem estruturada para receber o novo tráfego. Mas é preciso esperar os primeiros dias de uso para identificar a linha de desejo dos motoristas e, só então, fazer os ajustes necessários", argumenta o diretor de trânsito da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), Agostinho Maia. A Avenida Dom João VI está bem sinalizada e com bom pavimento. Por isso, deve ser a preferida dos motoristas.

Fonte: Jornal do Commercio

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