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Fundos de pensão têm R$ 345 bi

3 de dezembro de 2006

CURITIBA – Os ativos dos fundos de pensão atingiram R$ 345 bilhões, o equivalente a quase 18% do Produto Interno Bruto (PIB). A perspectiva da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) é manter o ritmo de crescimento, de modo a alcançar R$ 564 bilhões, ou 25% do PIB em 2010. Apesar dos números positivos, os fundos têm grandes desafios pela frente, como o de ampliar a quantidade de participantes, reduzir custos e manter uma elevada rentabilidade num ambiente de juros mais baixos. Os dados foram divulgados durante o 27º Congresso de Fundos de Pensão, promovido na última semana pela Abrapp, pelo Sindicato Nacional das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Sindapp) e pelo Instituto Cultural de Seguridade Social (ICSS).

“O número de participantes ainda é muito baixo”, admite Fernando Pimentel, presidente da Abrapp. Para ele, o potencial de crescimento é elevado. Os planos têm 2,4 milhões de participantes, das quais 1,85 millhão são ativos e 614 mil são assistidos.

Pimentel acredita na possibilidade de alcançar 4 milhões de participantes num cenário de cinco anos. O setor faz projeções de olho nos funcionários dos 10 maiores órgãos de classe e sindicatos do País. “Hoje, pela legislação brasileira, há planos que podem ser instituídos não só pelo vínculo empregatício, mas por órgãos de classe, sindicatos e cooperativas”, lembra Pimentel. Há grande expectativa também com a regulamentação do Projeto de Emenda Constitucional n° 41/2003, que trata da previdência complementar dos funcionários públicos.

O setor no Brasil deseja ser comparado ao mercado internacional. Considerando dados de 2004 e de 2005, os ativos de países como Suíça representam 112% do PIB. Na Holanda, essa proporção é de 106%. Em termos globais, a poupança previdenciária movimenta US$ 15,6 trilhões, ou 84% do PIB.

A rentabilidade dos fundos de previdência precisa ser pensada também num ambiente de juros mais baixos. “Como estamos inseridos num processo de crescimento do País, com redução da taxa de juros, a poupança na renda fixa pode ser direcionada para a renda variável. Acreditamos numa mudança paulatina nesse sentido”, comentou Pimentel. Hoje, 62,6% da carteira dos fundos estão em renda fixa, 29,5% em renda variável, 4,4% em imóveis, 2% em empréstimos a participantes e 1,5% em outros. O setor é formado por 2.067 patrocinadoras.

Entre janeiro e agosto deste ano, a rentabilidade dos planos foi de 10,23%, com um resultado de 9,79% para a renda fixa e 11,17% para a renda variável. Esses números representam quase o dobro da meta atuarial de 5,16%. Até o fim do ano, a rentabilidade projetada é de 18,82%, quando a meta é de 8,65%. “Este ano, não tenho notícia de que ninguém tenha deixado de atingir a meta atuarial.” Nos últimos dez anos, a rentabilidade média observada foi de 17% ao ano. Como a meta é calculada pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) mais 6%, o presidente da Abrapp acredita que será necessário repensá-la no caso de redução da taxa de juros.

Fonte: Jornal do Commercio

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