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Fuja do “branco” no concurso

7 de julho de 2014

Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso são elementos que podem ser considerados a fórmula infalível de aprovação para o candidato que pretende enfrentar uma seleção pública. Mas o que fazer quando o conteúdo assimilado durante meses de preparação não é lembrado justamente na hora da prova? O conhecido "branco", problema que acomete muitos candidatos, não é tido como um simples imprevisto. Ele pode acontecer por influência de fatores diversos que ocorrem antes ou durante o exame.

O caso do técnico em qualidade industrial Danilo Gonzaga, 24 anos, é exemplar. Concurseiro de carteirinha, ele não titubeou ao ser questionado se já passou por um "branco" durante as seleções que já enfrentou. "Sim, várias vezes", conta.

Recém-aprovado para o cargo de técnico de laboratório no concurso do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizado no dia 4 de maio, ele diz que o problema geralmente acontece quando faltam poucos minutos para o término da prova. "À medida que o tempo vai passando, o assunto não vem. Isso influencia muito, acabo me atrapalhando", conta, acrescentando que lembra do conteúdo depois, na volta para casa.

Danilo também credita o problema ao estudo paralelo. Além do concurso do Mapa, ele se preparou para as seleções da Petrobras e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). "Foi difícil organizar o tempo de estudos para cada um", lembra.

Esse último fator contado pelo jovem é apontado pelo professor de memorização, leitura dinâmica e aprendizagem acelerada Mauro Alessi como algo arriscado. "É ruim se concentrar em muitos assuntos ao mesmo tempo. Fica mais difícil processar o conhecimento em várias áreas. A assimilação fica comprometida e o candidato pode esquecer ou até confundir os assuntos", diz Alessi, que leciona no Instituto de Aperfeiçoamento Pessoal (IAP).

BLOQUEIO

O professor explica que há três tipos de bloqueios: o "emocional", provocado por causa da ansiedade, o "da consulta errada", que acontece quando o candidato dá várias interpretações para o que está sendo exigido, e o da "programação errada", quando o conteúdo é decorado e não memorizado (confira os detalhes sobre cada um no quadro acima).

Quanto ao nervosismo, Alessi destaca que a ansiedade é o principal vilão. "Como é uma prova importante, o candidato fica ansioso, não dorme direito, fica pensando constantemente." Ele diz que os sintomas são sudorese, tremor pelo corpo, frio, tontura e até diarreia.

Mauro Alessi alerta que se chegar a um ponto em que a pessoa perde o controle, é recomendável procurar um profissional de saúde. "Um psicólogo, preferencialmente, pois para que a pessoa seja competitiva no concurso, não é bom se medicar. Isso pode influenciar o nível de concentração", diz, lembrando que cada grau de ansiedade deve ser analisado.

Fonte: Jornal do Commercio

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