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Fiscalização será priorizada

14 de janeiro de 2007

 

Ao lado da necessidade da reforma tributária, os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e do Piauí, Wellington Dias (PT), defenderam, na reunião do “grupo dos nove” – encontro de todos os gestores dos Estados nordestinos, realizado em Natal (RN) na última quinta-feira –, o uso da inteligência na fiscalização conjunta da Fazenda federal e dos Estados, seja para incrementar as receitas, seja para proteger setores sujeitos ao contrabando e sonegação.

Desde as últimas eleições, Eduardo Campos alega que, devido à guerra fiscal travada entre os Estados, Pernambuco renuncia a R$ 600 milhões anuais. E, depois da disputa para atrair os projetos, diz, agora os governos da região têm que se unir para mantê-los.

Foram 20 anos fazendo uma guerra fiscal insana, que hoje tira mais do dobro do que tivemos para investir do ano passado. E nós agora estamos com outro problema. Praticamente tudo o que atraímos de empresas, para o Nordeste, foram indústrias que estão sofrendo com a concorrência global, de produtos chineses, indianos. Os governadores agora precisam se unir, para defender o que fizeram brigando.”

No ano passado, vários setores da indústria foram prejudicados pela concorrência com produtos importados. No Rio Grande do Sul, grandes fabricantes de calçados amargaram perdas e foram obrigados a fechar fábricas. Alguns até transferiram unidades para o exterior. No Nordeste, além do setor calçadista, a indústria têxtil saiu bastante prejudicada. A Vicunha Têxtil, que possuía uma fábrica no Estado, em Paulista, fechou as portas no último mês de abril, demitindo cerca de 600 pessoas.

Um dos argumentos do presidente do Sindicato da Indústria Têxtil de Pernambuco, Oscar Rache, no auge da crise do setor foi, além da concorrência desleal com os tecidos chineses, mais baratos por causa do preço do dólar, o elevado número de produtos sub-faturados.

Por isso, o governador do Piauí defende um combate integrado, entre Estados e União, à sonegação. “Precisamos trabalhar formas de integrar a base de fiscalização do governo federal com a dos Estados. Queremos melhorar a receita sem gerar novos impostos, também combatendo a sonegação. Esse pode ser um caminho importante.”

Fonte: Jornal do Commercio

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